Em um mundo mágico e futurista, a população está dividida em dois grupos: as abençoadas, mulheres com poderes concedidos pelas Deusas zodiacais, e os não abençoados, pessoas sem poderes.
A cada mil anos, treze mulheres abençoadas são escolhidas para...
KINARA RIDWAN ERA UM GÉNIO, curiosa, gostava de aprender sobre tudo e criar coisas, se formou aos onze anos e aos catorze fundou as Industrias Ridwan com a ajuda do seu tio Erwin, o irmão mais novo da sua mãe, que ficou responsável por ela quando perdeu a mãe se forma brutal.
A jovem encontrava-se sentada no chão, de pernas cruzadas, em seu escritório que ficava no tronco mais alto da sede das Industrias Ridwan. Inspirada na casa em que vivia desde criança, ela criou e moldou com o seu poder uma árvore nunca antes vista, com troncos extremamente grossos e resistentes, e com uma altura impressionante, equiparando-se aos arranha-céus da capital do reino, e nela construiu a sede das Industrias Ridwan.
O lugar era todo aberto com paredes de vidro, permitindo avista de três lados da cidade. Um enorme lobo preto encontrava-se deitado perto da parede de vidro que dava para ver a intimidadora capital Deneb Algedi, com a vista se estendendo bem mais adiante, nas cidades florestais até as montanhas.
Seu escritório foi projetado para que funcionasse também como um laboratório, e naquele momento, a jovem trabalhava em seu projecto mais ambicioso.
Haviam a sua volta vários livros velhos, plantas exóticas e diferentes rochas, que provavelmente até aquele dia não existiam, e de frente para ela estavam duas colunas estreitas de metal posicionadas de forma que pareciam formar uma porta.
Em seus fones de ouvido, tocavam uma playlist de músicas bastante agitadas enquanto seus dedos dançavam agitada e graciosamente pelo teclado a sua frente ao mesmo tempo que diversas telas moviam-se ao seu redor.
A jovem parecia extremamente focada, executando várias tarefas ao mesmo tempo, desviando os olhos das telas apenas por alguns segundos, quando era necessário consultar algo nos livros.
O dispositivo de telecomando preso em sua nuca, que estava conectado com todo o seu sistema, enviou-lhe a informação de que Isran Tanady, seu amigo e vice-presidente das Industrias Ridwan, encontrava-se na porta. Com uma ordem mental, e sem desviar os olhos das telas, autorizou a entrada do capricorniano, ao mesmo tempo em que a música foi desligada.
Isran entrou na sala da chefe com seu costumeiro andar calmo e gracioso, e suas mãos enfiadas dentro dos bolsos da calça. Ele era um belo jovem de pele negra, olhos verdes-claros, cabelo verde-escuro ondulado, que naquele momento parecia desgrenhado, contrastando com suas belíssimas roupas impecáveis.
Ele tinha acabado de sair de uma conferência, onde apresentou os próximos lançamentos das Industrias Ridwan, substituindo Kinara, já que a capricorniana não gostava muito de falar em público e evitava faze-lo sempre que pudesse.
Ao notar a presença do capricorniano, Adi, o lobo de Kinara, apenas lançou-lhe um breve olhar entediado e voltou a sua concentração para a cidade de Deneb Algedi.
