Em um mundo mágico e futurista, a população está dividida em dois grupos: as abençoadas, mulheres com poderes concedidos pelas Deusas zodiacais, e os não abençoados, pessoas sem poderes.
A cada mil anos, treze mulheres abençoadas são escolhidas para...
OS ÚLTIMOS DIAS no castelo de Taurus tinham sido tensos, primeiro por causa do atentado que a Princesa Aridai sofreu, e segundo pelas consequências que isto acarretou. O assassinato do Príncipe Yafar poderia abalar de vez a relação entre Taurus e Libra.
O Rei Balto passou de furioso, pelo que aconteceu com a filha e pelas atitudes de Amaira, á preocupado, temendo que pensassem que tivesse envolvimento na morte do irmão da rainha, e o pior era que os sussurros sobre isso já começavam a surgir, e a casa real libriana estava em completo silêncio.
A Princesa Aridai encontrava-se em pânico diante de todos os acontecimentos, com medo de que isso tomasse proporções ainda maiores. Como se não bastasse, ainda tinha que lidar com o facto de sua avó tentar arranjar-lhe um marido em meio aquela confusão em que se encontravam, se antecipando caso Aridai não seja a escolhida de Taurus.
Sentada de frente para a penteadeira, a princesa observava através do espelho, Nessin, sua criada de quarto, prendendo-lhe o cabelo cuidadosamente. Aridai não estava muito animada para ir ao templo fazer orações e oferendas a Deusa, e nem para o festival da terra que realizar-se-ia naquela noite.
Esticou a mão para pegar uma linda caixinha que estava por cima da penteadeira e a abriu, olhando para a semente que havia dentro dela. Cyr tinha dado para ela dizendo que era de uma árvore muito especial, e a princesa decidiu guarda-la para usar em uma ocasião especial, como o Crirenvit Honoram de ano novo.
- Nessin, você viu o Cyr? - A princesa perguntou, lembrando-se de que precisava conversar com ele. Pretendia contar-lhe sobre seu possível casamento, já que seus pretendentes comemorariam o festival da terra com a família real para que Aridai os pudesse conhecer melhor. Ela já conhecia boa parte deles, então, aquilo não passava de mera formalidade.
- Da última vez que o vi, ele dirigia-se para o edifício de serviço, Alteza. - Nessin respondeu, enquanto finalizava a trança.
- Já terminou?
- Sim, alteza. - Assentiu, afastando-se para que a princesa pudesse se levantar.
- Vou para os estábulos. - Informou. - Caso meus pais perguntem por mim, diga que fui averiguar se Adel já está pronto para que eu possa monta-lo. - Disse, referindo-se ao seu touro.
- Está bem, alteza. - A criada assentiu.
Antes de sair, Aridai observou mais uma vez sua figura no espelho, sabia que sua escolha de vestuário irritaria sua avó, mas não se importava. Pretendia ir até ao templo montada em seu enorme touro, o que não seria confortável com aqueles longos vestidos que era obrigada a usar, por isso, naquela manhã, escolheu um conjunto castanho-escuro com calças e botas, e com o cabelo trançado como estava, se parecia muito com as guerreiras pertencentes a guarda real.
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