XVII - ... e no final, a morte

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Reino: VirgoCapital: SpicaCidade: Heze

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Reino: Virgo
Capital: Spica
Cidade: Heze

QUANDO ZAIDA ACORDOU, se sentia um pouco estranha, como se energia viva circulasse pelas suas veias, e estranhamente teve a impressão de como se o mundo estivesse diferente. As dores insuportáveis tinham sumido completamente, mas para garantir, pediu para que seu médico virtual a analisasse, e os resultados deram que estava completamente saudável, como se antes não estivesse quase a morrer.

Mesmo apreensiva, começou a tocar em alguns objectos para ter certeza de que não teria que se preocupar com os incidentes anteriores, e ficou satisfeita por não vê-los transformados em nada além do que eram, mas para garantir, pegou em um de seus robôzinhos e tentou fazer com ele o que fez com o andróide na arena, tentando se recordar da sensação que se assomou dela quando o transformou em pedra, e não aconteceu absolutamente nada. Ela só não sabia se aquilo era bom ou mal.

Diante da desarrumação em seu quarto, que estava pior do que o normal, chegando a incomoda-la, a moça decidiu começar a organizar enquanto seus dispositivos transmitiam as notícias sobre os relatos de um terramoto que ocorreu naquela manhã, e de como misteriosamente o dia se transformou em noite por alguns minutos.

Estava tão focada em sua tarefa e nas notícias que levou um susto quando ouviu o sistema anunciar que Sir Green estava na porta.

Estreitou o olhos de surpresa, era impossível ele estar ali, já que não conhecia sua verdadeira identidade, mas pediu para que o sistema mostrasse as imagens da porta, e quase caiu para trás ao ver o homenzinho verde trajando um belo e caríssimo conjunto de túnica e calça, e usando um chapéu que cobria parte do seu cabelo preto.

Não sabia se o deixava entrar, podia fingir que não estava em casa, como fez com Fellah, mas assim não saberia o que o homem queria. Mas se o deixasse entrar, provavelmente estaria permitindo que ele entrasse na sua vida também.

— Sei que está aí dentro, senhorita Karimi, ou melhor, lutadora 103 — Ele disse pelo interfone, falando diretamente para a câmara. — Só quero conversar. Vim até sem seguranças para que se sinta mais confortável.

Travando uma batalha interna consigo mesma, Zaida se dirigiu até a sala, para espera-lo de braços cruzados, e ordenou para que o sistema destrancasse a porta.

— É bom finalmente dar um nome ao número. — Foi a primeira coisa que Sir Green disse quando ficou cara a cara com a virginiana, e um sorriso convencido apareceu em seus lábios. — E uma aparência apropriada para ele também. — Deu um longo suspiro. — Não sabia se a encontraria aqui, o dia hoje tem sido estranho, primeiro o pessoal desta área relatou um tremor de terra, algo que não tínhamos desde os últimos cem anos, e depois o dia se transformou em noite. Será que as Deusas estão a tentar dizer-nos alguma coisa?

— O que o senhor faz aqui? — Perguntou desconfiada. — Ou melhor, como me achou?

— Mandei segui-la depois de abandonar a arena naquele estado. Estava tão transtornada que até se esqueceu de ligar o modo furtivo, deixou as coisas fáceis demais. E a propósito, fico feliz que já tenha se recuperado, enquanto eu ainda estou impactado com o que fez com o brinquedinho novo do Lee, você não tem noção do dinheiro que fizemos naquela noite. Quando todo mundo pensou que estivesse prestes a morrer, e depois pah, a grande revelação.

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