XV - Quando o dia virou noite

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Reino: AriesCapital: HamalCidade: Sharatan

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Reino: Aries
Capital: Hamal
Cidade: Sharatan

O CAOS ESTAVA INSTALADO. Algumas pessoas corriam de um lado para o outro tentando abrigar-se, derrubando algumas que permaneceram paradas como se estivessem paralisadas.

Alguns militares e agentes da Ordem, que naquele dia encontravam-se nas ruas, por segurança, sacaram suas armas, apontando-as para o animal que aproximava-se cada vez mais da multidão.

Johanna sentiu seu ferimento arder ainda mais, e a faixa que o cobria agora estava completamente ensopada com o líquido negro.

— Anhora? — Uma mulher passou perto de Johanna gritando da multidão, tentando se fazer ser ouvida em meio aquela confusão. — Anhora? — Repetiu, seu tom de voz parecia desesperado.

A ariana ia contra a multidão, andando na direção do dragão, que estava cada vez mais perto.

— Anhora?

Vendo a proximidade do animal, Johanna, que a seguia com os olhos, tomada por um impulso, decidiu ir atrás dela para traze-la de volta. A moça tentava abrir caminho espremendo-se entre os zodiacais, e ao olhar novamente em direção ao dragão, percebeu que ele estava prestes a alcançar o solo. Tentou apressar o passo, mas perdeu a mulher de vista.

Baz pousou, para o desespero de todos, provocando uma enorme rajada de vento com as suas asas, levantando imensa poeira, fazendo até mesmo a terra tremer. Os agentes armados tentaram aproximar-se um pouco mais dele, com cuidado, para conseguirem uma boa posição de tiro, ignorando completamente os sons estridentes do animal.

Estranhamente, o pânico anterior foi tomado por um absoluto silêncio, como se tivessem medo de fazer qualquer som que pudesse assusta-lo.

Baz movia-se de forma agitada, arrastando suas enormes asas pelo chão, olhando para baixo enquanto fazia sons ainda mais ruidosos.

— Anhora. — O grito da mulher quebrou o silêncio da  multidão, correndo até uma menina que aparentava ter mais ou menos uns cinco anos, que estava encolhida no chão perto do dragão, abraçada a um peluche.

A mulher jogou-se sobre a criança sem pensar nas consequências, deixando o animal de uns quarenta metros ainda mais inquieto. Os militares e os agentes da Ordem preparam suas armas para atirar, e ao ver aquilo, tomada por uma sensação estranha, agora de frente para a multidão, Johanna colocou-se na frente levantando as mãos.

— Não. — Gritou, impedindo que atirassem.

Baz olhou directamente para ela, e a multidão, instintivamente deu um passo para trás. Johanna virou-se para encarar os olhos reptilianos do dragão e no mesmo instante, algo aconteceu dentro dela.

Como que por hipnose, ela começou a caminhar até ele, alheia a enorme nave do CPD que aproximava-se do local.

A mulher apertava a criança por debaixo dela com força, e murmurava palavras de conforto pedindo para que ficasse calma que tudo ficaria bem. Johanna continuou a caminhar na direção de Baz, fazendo com que os presentes ali segurassem a respiração.

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