Forte

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Já se passaram 3 dias desde que mandei a carta pra ela, a essa altura ela já deve ter recebido. O que será que ela pensou quando leu aquilo?

Meu dia estava sendo normal, depois do trabalho eu fui com meu tio tomar uma cerveja mas como sempre não fiquei muito tempo, fui pra casa enquanto ele ficou lá.

Mal cheguei e o telefone tocou.

— Alô?

Nada do outro lado da linha.

— Alô? — Tentei de novo, mas ninguém respondeu.

Eu apenas ouvi uma respiração... É ELA!!!!

A ligação caiu.

Meu coração acelerou, como ele sempre fazia quando se tratava de Rae. Eu tenho certeza absoluta que é ela.

Minha mente começou a trabalhar.
Porque ela não disse nada?

Será que isso tem a ver com ela ter ido em casa aquele dia?

Aqueles sonhos.... Ela pode estar precisando de mim?

Será que ela está sentindo a minha falta também?

Não, eu acho que estou fantasiando essas coisas na minha cabeça. Ela não me quer, já está mais do que claro.
Mas e se ela está precisando de mim, apenas como seu amigo, apenas da minha presença... Nós sempre fomos muito ligados.

EU PRECISO VOLTAR.

Eu passei a noite toda acordado esperando meu tio voltar, precisava que ele me dispensasse do trabalho, eu tinha que voltar a Stanford o quanto antes e foda-se meu plano. Eu sei que ela precisa de mim.

Quando finalmente meu tio chegou, estava bêbado demais para ter qualquer conversa séria. Meu Deus, como ele consegue viver assim?

É tão triste, sempre bêbado, sempre sozinho e até mesmo com as "participações especiais" que ele diz, mas ninguém realmente fica, ele não tem ninguém que o apoie quando ele precisa. Eu realmente não quero isso pra mim.

É melhor esperar pra falar com ele amanhã no trabalho.

O resto de noite passou muito rápido, eu cochilei um pouco mas logo o dia já amanheceu.

Quando o despertador tocou e fui atrás do meu tio, ele já estava acordado fazendo café como se agora há pouco não estivesse completamente bêbado. Como ele consegue essa mágica?

— Bom dia tio, preciso conversar com você.
— Pode falar garoto.
— Eu decidi voltar pra casa, não sei o que precisa ser feito no trabalho em relação a isso.
— Mas já Finn? Faz o que? Um mês?
— Quase.
— Tem certeza disso?
— Sim tio, tenho um assunto pra resolver.
— Entendi, preciso apenas que você assine alguns papéis e então está liberado.
— Claro, isso pode ser hoje?
— Sim, vamos para a empresa e eu ajeito isso pra você.

Tomamos um café rápido e fomos até a empresa do meu tio, depois que assinei tudo me despedi do meu tio.

— Tio, obrigado por tudo.
— Se precisar voltar, sinta-se em casa. Sua vaga estará garantida aqui.

Ele me deu um abraço e me entregou meu salário, então corri pra casa dele pra arrumar minhas coisas e ir pra casa.

Arrumei minhas malas mais rápido que o flash, então corri pra pegar um táxi e ir pra rodoviária.

Quando cheguei tive a primeira decepção do dia, o próximo ônibus ia demorar mais duas horas pra sair.

HELL!!!

Eu fiquei lá sentado das 10:30 até 12:30, foi quando o ônibus finalmente chegou.

A viagem durou umas 4 horas, quando cheguei em Stanford senti um alívio tão grande. Soltei um ar que nem sabia que estava prendendo, respirei fundo e fui para casa.

My Mad Fat Diary Aos Olhos de Finn Tp. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora