05. a primeira fase de jeon jungkook.

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* capítulo narrado em terceira pessoa *

Jungkook revirou os olhos mais uma maldita vez desde daquele começo de tarde, se irritando levemente com Jimin e Yoongi por não pararem de encher o seu saco. Eles os dois formavam um bom casal, e sinceramente a chegada de Park fora uma das melhoras coisas que poderia ter acontecido com o seu melhor amigo, mas a maneira igual em que eles pensavam em tudo, era absurdamente incómoda. Sem querer ofender.

Agora os três garotos que mais pareciam adolescentes do que verdadeiros adultos, discutiam sobre onde seria o paradeiro de Jungkook naquela noite; os namorados rezando para que ele aceitasse ir com eles a uma festa qualquer no canto da cidade. O que obviamente recusou, por motivos explicitamente óbvios: ele e bebida nunca formavam uma boa combinação.

Numa outra altura, talvez no auge dos seus dezessete, Jeon tivera sido pela primeira vez (e com isso quero afirmar que por um bom tempo depois disso também), um colega "normal". Começou a frequentar festas todas as sextas feiras, bebia qualquer coisa que fosse — claro, tomando cuidado — e dançava da maneira como bem entendia. Como ele queria. Mas certamente isso não combinava consigo, de jeito nenhum mesmo. Jungkook não era como os seus colegas de classe, Jungkook era o garoto que evitava qualquer encrenca, e não aquele que bebia coisas alcoólicas sendo menor de idade.

Poderia-se afirmar que aquele ano tinha sido o seu ápice da rebeldia e possivelmente o único ano em que ele deixou de ser esquisito por um tempo. Sabe aquelas coisas que todo o mundo queria fazer hoje em dia: curtir, beber, fazer amizades que durariam uma noite, assim como as pessoas que os outros somente usavam para apagar o fogo e tesão que sentiam.

Hoje sendo um adulto, Jeon não poderia fielmente afirmar que estava mudado, mas desde aqueles dias ele nunca mais frequentou nada do tipo. Perdeu os amigos (que sejamos sinceros, eram uns idiotas), evitou garrafas com teor alcoólico e copos vermelhos, e até mesmo deixou de comprar luzinhas extravagantes no próprio dia de natal. Mas naquela época ele pelo menos ainda era feliz, e os seus pais nem davam a mínima quando ele chegava tarde a casa com chupões no pescoço. Porque para eles, significava que estava pelo menos interagindo com as garotas seja de que forma fosse. O que, convenhamos, não eram produzidos por elas.

— Kook, por favor, vai ser divertido! — Min implorou fazendo um bico extravagante na direção do melhor amigo.

— Eu realmente não quero, Yoon. — suspirou audivelmente, pegando na sua borracha e apagando as pequenas letras que ele tinha feito naquela manhã.

Ah, desde que escutara Mono, Jungkook nunca mais tinha parado. Escutava todo o dia as sete músicas perfeitas, nunca se enjoando e tomando o perfeito cuidado de não se enganar e botar alguma delas como despertador.

— Não vamos deixar de olhar por você um segundo sequer! Jimin até falará com o barman para não te deixar beber qualquer coisa. Sério, eles até são amigos! Não é...? — tentou parecer convicente mais uma vez, implorando com o olhar para que o namorado de cabelos loiros fizesse alguma coisa.

— Sim, Jungkook, Seokjin me deve uma de qualquer jeito... — murmurou o empurrando levemente da cadeira em que estava sentado, de forma a que coubesse ali juntamente. Park retirou sem qualquer aviso prévio a folha e o lápis das mãos de Jungkook e passara a examinar as coisas que tinha escritas nelas. — Além do mais, eu posso te levar até o Namjoon, o que me diz? — oh, agora estava sendo um jogo sujo.

O ruivo arqueou as sobrancelhas desconfiado. Jimin conhecia Namjoon? Como o levaria até ele? Ah, certamente era uma mentira.

— Não faça essa cara na minha direção não, pirralho. — sorriu. — Ele e Seokjin já foram namorados, caso queira saber.

o sol e os seus taehyung's. [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora