Penitência

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A luz da manhã chega rasgando

A tranquilidade que veio na noite

Repetidamente a vida segue se arrastando feito um verme

Tenho sido tragada pelo cansaço, falta de esperança

A morte não me levará a lugar nenhum

Porque não creio que almas como eu, decoradas de sutura podem ser presenteadas com descanso etéreo

Abraçada pelas sombras que me seguram

Mesmo presa ao chão, não me deixaram cair

Sombras escuras quanto a realidade

No final de tudo, talvez tudo que eu desejava era uma razão de existir sem temer o céu ou o inferno

O som da chuva parece preencher o vazio

Já não é mais o meu dia, compreendo a vontade que não é minha

O tempo passa devagar, minutos de agonia e tédio

Anjos e Demônios estão a conversar

Sobre mim, e para quem vou chorar

Não é orgulho que me motiva mas devo dizer que.....

Nenhum dos dois merecem minha penitência. 

O Caminho Burai-haWhere stories live. Discover now