Capítulo 50.

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-- Cheryl... -- Toni murmurou sentindo Cheryl caminhar entre os beijos, fazendo Toni chegar na cama. Não conseguia ter controle sobre si quando Cheryl lhe beijava daquele jeito e lhe fazia esquecer até o próprio nome. -- Você precisa parar de me beijar agora... -- Ela disse com a voz vacilando, entre o beijo, assim que Cheryl a fez sentar no colchão e depois a guiou para um lugar mais confortável na cama.

-- Não preciso não. -- Sussurrou na boca de Toni, mordendo o lábio inferior de Toni.

-- Podemos... -- Toni começou, dando um último selinho em Cheryl e rindo. -- Podemos conversar?

-- Sobre? -- Cheryl perguntou deslizando a extremidade do nariz sobre a pele do rosto de Toni, fazendo a mais velha suspirar e fechar os olhos para apreciar a carícia.

-- Bem, você sente que precisa de algo a mais na relação?

-- Algo tipo... -- Toni corou e mordeu seu lábio inferior.

-- Ontem, hm, você teve...

-- Oh meu Deus, Toni. Não precisamos de um pênis, tudo bem? -- Cheryl disse assim que percebeu ao que sua esposa se referia.

-- É que... Você nunca tinha... -- Cheryl riu diante da timidez súbita de sua esposa e suspirou.

-- Você me levou ao limite. Me impediu de gozar quatro vezes e sim, eu contei. Tem noção do quão doloroso fica conforme você segura? -- Toni riu e entortou a boca.

-- Desculpe. -- Cheryl se inclinou e deu um selinho em Toni.

-- Não foi porque tinha um pênis, vida. -- Cheryl Esclareceu. -- Foi porque era com você; eram os seus toques, seus gemidos, sua respiração contra a minha pele, a sua mão me tocando e bem, você me provocou demais.

-- Então não precisamos usar sempre? -- Cheryl riu e negou com a cabeça.

-- Por mim eu nem usaria mais. Achei bastante incômodo e não temos tato.

-- Ontem você não pareceu achar incômodo. -- Toni disse rindo, fazendo Cheryl franzir os olhos.

-- Ontem eu estava excitada e você me chupou... -- Cheryl disse roçando seus lábios nos de Toni, usando seu tom de voz que era capaz de enlouquecer a mais velha. -- Bem gostoso, antes de usar ele. E depois... -- Cheryl disse mordiscando a boca de sua esposa. -- Me masturbou deliciosamente enquanto o usava. -- Toni prendeu a respiração conforme as palavras saíam da boca de sua mulher.

-- Nós costumávamos ser mais fofas. -- Toni disse rindo, mas sentindo um súbito calor ao mesmo tempo após o que Cheryl havia dito. Desde o começo Cheryl sempre fora assim, desprovida de vergonha quando se tratava do que viviam no íntimo de quatro paredes.

-- Nós costumávamos não transar. -- Cheryl disse rindo, deslizando a vértice de seu nariz sobre a pele desnuda do pescoço de Toni, fazendo a maior sentir arrepios por toda a espinha.

-- Cheryl... -- Sua voz foi abafada pelos lábios da mais nova sobre os seus, enquanto sentia Cheryl se debruçar sobre ela. -- Cheryl... -- Tentou de novo, sentindo Cheryl adentrar sua camisa com uma de suas mãos. A língua da menor massageava a sua própria e a cada segundo ficava mais difícil sair dali. -- Espera! -- Toni disse de supetão, interrompendo beijo. -- Como a Polly sabia que você supostamente tinha me traído?

-- A Polly me atrapalha até quando não está. -- Cheryl sussurrou, sentindo-se levemente excitada. --Porque claramente foi ela que fez essa palhaçada toda. -- Cheryl disse.

-- Não temos provas, não vamos julgar ainda.

-- Ah, qual é, Toni? -- Cheryl disse indignada. -- Ela mentiu dizendo que você me chamou lá em cima e depois aparece seminua se oferecendo, sabendo de coisas que não deveria saber e quando perguntei para ela se havia sido ela, bem, ela piscou para mim. Quer algo mais óbvio? Pois bem, ela é apaixonada por você, aliás, obcecada, porque paixão não costuma ser doida desse jeito.

-- Ela disse que eu te chamei? -- Cheryl assentiu e Toni franziu os olhos, ameaçando levantar da cama.

-- Espera... -- Cheryl disse, abraçando Toni para que ela não saísse dali. -- Obrigada por acreditar em mim. -- Murmurou sentindo o coração satisfeito.

-- Sinto vergonha por ter duvidado. -- Alegou. -- Me perdoa?

-- Bem, eu já duvidei de você e olha que eu nem estava bêbada, então digamos que descobri a dor de não ser levada a sério. -- Cheryl proferiu.

-- Eu só... fiquei cega de raiva. Imaginar você transando com... -- Toni trincou o maxilar, mas relaxou ou sentir Cheryl lhe beijar o rosto.

-- Já passou. -- Cheryl sussurrou, tratando de amansar sua esposa. -- Ninguém além de você me tocou, Toni. -- Reafirmou, segurando a mão de Toni e dando beijinhos pela mesma. -- Sou só sua de corpo e alma. -- Toni sorriu ao ouvir aquilo.

-- Bem, então que sorte a minha. -- Respondeu em meio à um riso genuíno.

-- Que sorte a nossa. -- Cheryl sussurrou beijando o rosto de Toni novamente. -- Será que podemos ficar aqui e namorar mais um pouquinho? -- Pediu colocando um biquinho em sua expressão, fazendo Toni rir.

-- Só um pouquinho, "tá" bom? -- Cheryl assentiu, roçando seus lábios nos de Toni. Sentiu a maior se inclinar e voltaram a se beijar. Cheryl, sem perder tempo voltou a introduzir sua mão por dentro da camisa de Toni, arfando em sua boca ao sentir a pele macia sob seu toque. -- Cheryl, você anda muito tarada. -- Toni assumiu rindo entre o beijo.

-- Eu nunca disse o contrário. -- Confessou rindo, sentindo Toni retirar sua mão de dentro de sua blusa. Bufou com o fato. -- Qual o problema em querer te tocar? Você é a minha esposa. -- Cheryl disse distribuindo beijos pelo pescoço da maior. -- Linda e gostosa... -- Mais beijos. -- E acabamos de descobrir o lado sexual da vida. É normal parecer um coelho. -- Disse rindo, fazendo Toni rir junto.

-- Você teve orgasmos múltiplos ontem. -- Toni disse.

-- Exato. Ontem. -- Disse como se fosse óbvio. -- Hoje pretendo gozar de novo. -- Falou mordiscando o lóbulo da orelha da mais velha. -- Além do mais estamos sob muito estresse, precisamos aliviar nossas tensões. -- Toni tornou a gargalhar com a voz de criança que Cheryl usara, lhe dando um beijinho rápido.

-- Primeiro precisamos resolver isso, depois, se quiser, poderemos ficar uma semana seguida trancadas no quarto fazendo amor, parando só para dormir e comer, porque no banho provavelmente vai ter sexo também.

-- Sabe que eu vou querer, não sabe? -- Toni voltou a rir, acariciando o rosto da mais nova.

-- Eu sei. Por que acha que propus isso? -- Cheryl mordeu seu lábio inferior e lhe olhou sapeca.

-- Nem uma rapidinha então? -- Toni franziu os olhos segurando o riso. -- Só por via das dúvidas pergunto.

-- Não. -- Cheryl bufou e assentiu resignada.

-- Tudo bem, mas então o que eu faço com a minha calcinha molhada? -- Perguntou arqueando uma sobrancelha.

-- Troca. Agora licença, preciso ir fazer uma visitinha para seu ex namoradinho. -- Falou se levantando. -- Fiquei sabendo que ele ainda está por aqui.

-- Não acredito que está me recusando. -- Cheryl disse fingindo estar magoada, mas logo se levantou e assumiu a postura séria, livre de brincadeiras. -- Vou com você, amor.

-- Tem certeza? -- Toni perguntou.

-- Quem não deve não teme e por isso, sim, tenho certeza. -- Cheryl disse solenemente.

-- Mas já aviso... Se ele seguir com a mentira eu não serei tão boazinha. -- Toni disse, se lembrando de todas as vezes que Cheryl temia por John.

-- Bem, se ele seguir com a mentira, tampouco serei.

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Tá acabando :(

Over The Rainbow (Choni Version) [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora