Capítulo 51.

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Toni caminhava despreocupada pelos corredores da enorme casa, tendo entre sua mão direita os dedos de Cheryl entrelaçados aos seus. Era quase como se não precisasse se vingar de ninguém, como se ter Cheryl ao seu lado fosse suficiente. De fato, realmente era, no entanto, Toni não podia deixar as coisas como estavam. Se Polly realmente tivesse feito algo seria justo deixá-la achando que poderia aprontar sempre? Óbvio que não.

Parou em frente ao quartinho localizado ao lado da biblioteca, que era onde John estava alojado. Bateu três vezes e não demorou muito para a porta ser aberta. Sobre a cama estava uma pequena mala e o rapaz estava vestido como se estivesse prestes a sair.

-- Eu só não fui embora ontem porque eu estava passando mal. -- Se justificou. -- Até tentei, mas fiquei com medo de passar mal na rua. Sinto muito. -- Ele disse, com uma mão apoiada na porta. Seus olhos desviaram para Cheryl e a mais nova pôde ver quase desprezo contido neles.

Toni respirou tranquilamente, enquanto adentrou o ambiente sem permissão. Cheryl a seguiu, estranhando o olhar sereno de Toni. Bem, isso até Toni fechar a porta com força, causando um forte ruído no local.

-- O negócio é o seguinte, Parker... -- Toni disse lhe olhando calma. -- Vai desmentir na minha cara as merdas que disse ontem, tudo bem? E depois disso vai me dizer por que as inventou. -- O homem lhe olhou confuso, antes de desviar o olhar para Cheryl, negando com a cabeça.

-- Você realmente a fez acreditar que eu menti, não foi? -- O homem perguntou, batendo palmas ironicamente logo em seguida. -- Eu não sei o que eu te fiz para estar me magoando desse jeito, Cheryl. Não sei porque disse que me ama e agora está fazendo isso... -- Falou sentindo que foi traído. -- Só queria saber como era me pau na sua boceta? Era isso? -- Gritou. -- Responde, sua vadiazinha de merda!

Toni respirou fundo e passou a língua pelos lábios antes de estalar o pescoço e empurrar John até uma das paredes, apertando a gola de sua camisa com as mãos. [n.a: um pinscher brigando com um pitbull KSKDKSKDKSK parei.]

-- Me escuta bem, seu pedaço de lixo ambulante... -- Toni disse rangendo os dentes. -- Se voltar a faltar com respeito com Cheryl novamente... -- Sentiu John tentar atingir seu rosto, mas foi mais rápida e segurou seu punho,  o torcendo quase a ponto de quebrá-lo. -- Eu não sou a porra da comandante dessa merda toda apenas por ser a herdeira do título. -- Toni sussurrou irritada.

-- T.T? -- Cheryl disse sentindo aflição. Tinha pavor de sangue e, ao que tudo indicava, Toni não estava para brincadeira.

-- Cheryl, desculpe estar fazendo você ver isso. -- Disse se acalmando um pouco, afrouxando o aperto. -- Vamos do começo John... Por que inventou isso?

-- Eu não... Ai, ai,aiii. -- Gemeu ao sentir Toni dobrar seu pulso com força. -- Eu juro, eu juro... Por favor... -- Gemeu. Toni apertou o maxilar e soltou John com força.

-- Desgraçado. -- Sussurrou, se controlando para não quebrar ele inteiro. Não era agressiva, mas quando o assunto era Cheryl ela perdia o autocontrole. -- Me conta do começo. -- John assentiu assustado e olhou para Cheryl.

-- Bem... -- Ele começou arrumando a gola de sua camisa. -- Cheryl me enviou um bilhete...

-- Deixa eu ver o bilhete. -- John assentiu e caminhou até o criado mudo, abrindo a primeira gaveta e retirando o mesmo de lá. Se dirigiu à Toni e o entregou a ela. Toni o olhou séria antes de abrir o papel e respirar aliviada.

-- Essa não é a minha letra. -- Cheryl Alegou assim que se aproximou de Toni.

-- É claro que não é. -- Toni disse. Não que tivesse dúvidas sobre Cheryl, mas ter provas reais de que tudo não passara de um mal-entendido era reconfortante.

Over The Rainbow (Choni Version) [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora