Capitulo XV- Inicio de várias jornadas

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Tomamos nosso café calmamente enquanto esperávamos os nossos amigos descerem para sairmos em busca das lâminas, ainda não conseguia assimilar o que acabara de acontecer, eu tinha fodido com Collin e Stappae, e nem sabia o que poderíamos nos considerar.

Como se lesse minha mente, Collin falava entre uma mordida e outra na torrada.

-Então sobre o que fizemos no banheiro... foi muito bom. Poderíamos fazer mais vezes? Tipo como namorados!

Stappae concordou com a cabeça e olhou em minha direção, como se esperasse a minha confirmação.

-Eu acho que não tem problema algum. Podemos sim. Estamos namorando então?

Stappae e Collin se entreolharam antes de concordar. E era isso, sem nem esperar, estava namorando com dois caras bonitos, gostosos e gentis. Eu já tinha me apaixonado por eles desde que eu os vi pela primeira vez. Tirei a sorte grande na loteria, não poderia estar mais feliz e satisfeito com esse resultado.

Sai de meus pensamentos quando ouvi sons de alguém descendo a escada, depois de alguns instantes um Tyorgrirn com a cara inchada de sono entrou na cozinha, pegou um pouco de comida e de suco e se sentou ao meu lado.

-Bom dia pessoal. Dormiram bem? Ninguém mais acordou?

Eu sorri para o garoto de cabelos negros e olhos vermelhos.

-Bom dia dormimos sim. Ninguém acordou ainda, estava pensando em tirar eles da cama, pois precisamos sair logo!

Tyorg concordou com a cabeça, antes de morder a torrada em sua mão.

Antes de se levantar, olhou para mim.

-Eu vou subir e acordar Thrael, como eu comecei a namorar com alguém tão preguiçoso? Ainda me pergunto isso todos os dias!

Logo o garoto sumiu de vista novamente.

Um por um todos desceram e tomaram seu café da manhã.

Peguei as coisas que tinha ganho e abri o mapa em cima da mesa. Olhei cada detalhe do mapa. Um ponto se encontrava marcado no mapa. Letras douradas surgiam no mapa que dizia Ferrum Tenebrarum. Aish a espada da escuridão seria nosso primeiro alvo e o local em que ela se encontrava não era bom. Teríamos que andar pela Viam Desperation 's, uma imensa estrada que correríamos muito risco de emboscadas de bandidos e ataques de monstros controlados pela escuridão. Para irmos para um lugar pior ainda, que é o Canyon de Desperatis, uma cadeia de montanhas cheias de orcs e trolls, além de que havia rumores de um imenso dragão coletor que rondava as redondezas das montanhas.

Enrolei o mapa, guardei em minha bolsa, junto com todos os presentes que ganhei e saímos todos da casa de Collin.

Collin, trancou a casa dele e deixou os betas de sua alcatéia liderarem a cidade enquanto estávamos fora.

Cada um pegou um cavalo noctis aeternae, montamos neles e começamos nossa viagem.

Eu ainda estava em choque com todas as mudanças que estavam ocorrendo, sei lá seria bizzaro disser que estava preocupado com essa busca.

A cidade que outrora fora criado, a muito tinha sido deixada para trás. Todos os meus demonios pareciam desaparecer e conforme me afastava mais do bosque sentia como se parte de mim, escapasse por meus dedos, como agua corrente.

Olhei para o bosque e agora com minha herança desbloqueada eu sentia que a magia havia se tornado mais forte ao meu redor, fadinhas brilhantes circulavam ao redor dos cavalos, fogos fatuos se lancavam a frente de nossos cavalos como se estivessem nos guiando.

Os deuses sabem quantas vezes me assustei com o farfalhar do mato, só para descobrir que eram feericos correndo e voando de um lado pro outro.

Lentamente conforme a vegetação de pinheiros e carvalhos eram substituidas por arbustos ralos e miudos, a noite ia descendo.

Decidimos então pararmos para acampar, escolhendo assim uma clareira.

Cada um de nós ficou com uma função e a minha foi escolher troncos para fazer a nossa fogueira, depois de coletar por um bom tempo, eu já tinha em mãos alguns troncos retorcidos e um item meio peculiar que tinha encontrado no meio da grama.

O formato era meio oval, feito de madeira com uma joia no meio e um cabo feito de um cristal translúcido, lembrava e muito um dos espelhos que existiam no passado, mas eu sabia que era mais que isso, decidi que se era importante, era melhor guardar.

Depois de carregar todos os troncos para a clareira e com a fogueira acessa, enquanto esperavamos a comida ficar pronta, decidimos contar histórias e a escolhida foi a da guerra de Dandallion, que por conta da minha herança eu poderia contar com mais facilidade e mais conhecimento que os outros.

-Há muito tempo, no vasto continente de Azadium, reinava a harmonia entre os diversos reinos. Cada região era habitada por diferentes criaturas mágicas, incluindo os elfos, fadas, gnomos e muitas outras.

No entanto, um terrível conflito abalou a paz do continente. A guerra de Dandallion irrompeu, trazendo devastação e perdas inimagináveis. A família real feérica do Sul foi tragicamente dizimada, assim como milhares de fadas que se isolaram do mundo mortal.À medida que a guerra se intensificava, relatos sobre a presença dos feéricos nas terras do sul se tornavam cada vez mais raros. O medo e a tristeza permeavam o coração daqueles que sabiam da existência desses seres mágicos, temendo que eles pudessem ser extintos.- disse meio enojado ainda com as visões que tive em primeira mão da guerra.


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⏰ Última atualização: Sep 13, 2023 ⏰

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