CAPÍTULO 12-E SE FOR VERDADE?

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"Ilusão é sentir que você  perdeu aquilo que você nunca  teve..."


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Agnaldo Timóteo acordou com o sol lhe batendo no rosto no exato momento em  que ouviu dois homens conversando próximos ao carro.

Estava confuso e levou alguns minutos para  localizar onde estava...que dia era...as horas...

_Ei! Arranjei alguém pra tirar o nosso  carro do buraco!_berrou Ricardo entusiasmado  esmurrando o teto do carro.

Agnaldo levantou-se feito fera ferida e abriu a porta do veículo com violência.

Antes que ele atacasse, o primo gay foi mais rápido para o desarmar!

_É este, seu Pedro. Agnaldo Timóteo...meu irmão._apresentou Ricardo com um sorriso iluminado no rosto.

Agnaldo tinha certeza de que se o senhor Pedro ( um fazendeiro risonho, calças jeans surradas, camisa xadrez de manga comprida, chapéu de palha, uns sessenta anos) tivesse visto Ricardo na véspera e o comparasse com o Ricardo de agora, perceberia que ele tinha transado!

"Se esta libélula ouriçada der bandeira, eu mato ela!", pensou o filho do dona Cotinha apreensivo e já arrependido por ter cedido aos  desejos da carne!

O primo estranhou o porquê Ricardo dizer que ele era irmão, mas percebeu o depilador lhe fazendo um sinal  para que ficasse calado. Na primeira oportunidade, quando o fazendeiro  estava mais distante dos dois e não podia ouvir, esclareceu:

_Todo mundo sabe que primo macho adora sacanear com primo veado! Já nós dois sendo  irmãos...ninguém desconfia de nada, lhe garanto!

Agnaldo teve que concordar que seria suspeito contar  que passara a noite dentro do carro com o primo veado e não acontecera nada.

O fazendeiro pediu que Agnaldo o viesse ajudar a pegar algumas coisas no seu caminhão.

_Merda!_bufou o motorista pisando num monte suspeito no caminho.

_Não é merda não, moço...é bosta de boi mesmo._riu o homem já indo encaixar uma corrente no para choque do carro que caíra no buraco._Passei aqui mais cedo levando as minhas vacas pro lado de lá e foi aí que alguma delas deixou este presentinho pro senhor.

O primo depilador riu, mas o primo motorista controlou-se e não quis dizer nada em respeito ao seu salvador.

Ricardo, esperto, conseguira, provavelmente do fazendeiro, uma bota preta que não lhe deixava sujar os pés.

O carro saiu e não foi preciso muito examinar para concluir que com aquele estrago,  dali não sairia naquele momento. Precisariam levá-lo no reboque para uma oficina mecânica.

_Vamos ter que ligar para o guincho..._falou o dono do carro já contabilizando o prejuízo.

Maldita hora que cedera às chantagens do primo!

_Tem telefone não, moço...com a chuva, a gente está sem comunicação e como parece que não foi só por estas bandas, o sinal vai demorar a voltar._informou o fazendeiro solícito.

Ricardo explicou a situação de emergência e perguntou a respeito de alguma possível carona.

O fazendeiro coçou o queixo com uma mão, enquanto retirava o chapéu  com a outra:

_Não confiaria nisso. Não passa muito carro por aqui quando chove. O pessoal gosta de vir por estas bandas quando tem sol, mas se quiserem, posso levar vocês até a cidade mais próxima onde tem um mecânico amigo meu.

MEDIDAS DESESPERADAS!-Armando Scoth Lee-Conto GayOnde histórias criam vida. Descubra agora