(Queridos leitores, confesso que a participação de Ricardo neste conto se limitaria apenas a algumas pontinhas, ou seja, um personagem bem coadjuvante ...mas vocês parecem ter gostado dele e aí...atendendo a alguns pedidos e sugestões...vou estender a participação do língua solta e sem filtro! Espero que gostem! Grande abraço! PS.: Claro que com isso o conto ficará um pouco maior, desculpem-me! Espero que não se incomodem!)
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"De acordo com os pessimistas, nada está tão ruim que não possa ficar pior ainda!"
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Um berro estridente acordou o motorista de aplicativo que estava dormindo profundamente após um longo dia de trabalho.
_Agnaldo Timóteo, me socorra em nome de todos os santos e santas do céu auxiliados por seus guias de luz!_berrou Ricardo invadindo o quarto do primo.
Os amigos o chamavam de Gui...os irmãos o chamavam de Gui...o pai o chamava de Gui...Uma antiga namorada até quis marcar presença e o chamou de Tim. Mas apenas duas pessoas ainda o contrariavam e chamavam pelo nome de batismo completo...e ele sabia que não era a sua mãe quem estava gritando daquele jeito.
Agnaldo Timóteo era negro, dez anos mais novo do que Ricardo, mais alto, mais forte e usava os cabelos cortados baixo, rentes à cabeça.
Pior do que gritar o seu nome completo foi acender a luz bem na cara dele!
_Depois a gente mete a mão na cara de uma peste destas e o povo vem encher o saco que é homofobia!_resmungou o rapaz irritado piscando por conta da fotofobia._Ficou doido, Ricardo? Isso é jeito de me acordar, libélula possuída?
A sua frente estava um homem também negro, baixo, magro e com os traços femininos demais para não chamarem a atenção. Usava um casaco de couro vermelho e uma blusa preta justinha e brilhante por baixo. Uma calça também preta extremamente apertada completava o figurino. Cabeça raspada (ele destruíra os cabelos pelo excesso de química tentando fazer com que eles ficassem lisos na adolescência e aí eles nunca mais voltaram a nascer) e lábios carnudos, brilhantes.
_Agnaldo Timóteo, vista-se e venha comigo agora!_ordenou Ricardo jogando uma camisa sobre o motorista como se não tivesse notado o quanto ele estava irritado com aquela invasão de privacidade.
_Ô bicha, quando é que você vai aprender a bater na porta e marcar hora, hein?! Faço corrida atendendo a aplicativo e não a berro de muriçoca doida se remexendo na cinza quente!_desabafou o primo embolando a camisa e atirando longe.
Ricardo revirou os olhos e agarrou a camisa a sacudindo. Atirou sobre o primo novamente.
_Agnaldo Timóteo, eu não posso conversar, pois é uma emergência! Levanta o seu rabo desta cama logo e me leve num lugar agora!_ordenou.
O outro voltou a jogar a camisa longe, deixando claro que não estava disposto a obedecer o primo mais velho.
_Mas nem que a vaca tussa, veado, eu vou sair daqui pra te levar a lugar algum neste mundo!_ameaçou decidido._Perdeu o seu tempo e o meu! Agora vaza que eu vou dormir porque estou quebrado!
Agnaldo deu as costas para o primo que fez um muxoxo com a boca e cruzou os braços:
_Prefere que eu espalhe por aí que você já me comeu, primo?
Foi o que bastou para o motorista pular da cama e vir suplicar bem perto dele:
_Ricardo, você me jurou que nunca iria contar isso pra ninguém! Vai quebrar a sua promessa agora, vai?
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MEDIDAS DESESPERADAS!-Armando Scoth Lee-Conto Gay
RomanceUm homem obcecado por um amor do passado e que luta para aceitar uma realidade que machuca e dói, mas que é aceita pela felicidade do homem amado...só que não! O crush de Álvaro Matias não é tão feliz quanto ele imaginava! E é essa descoberta que...