vii: delicate

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"Is it cool that I said all that?

Is it chill that you're in my head?

'Cause I know that it's delicate"


– James Potter – eu disse, me virando para trás.

– Lily Evans – ele sorriu.

Aquele sorriso me aterrorizava há dez anos. Era aquele sorriso que faria qualquer tablete de manteiga derreter em questão de segundos.

James estava mais alto, mais forte. Seu cabelo estava um pouco mais longo, mas seus olhos estavam iguaizinhos aos que eu lembrava.

Ele deu uma risada com a nossa insegurança, e me puxou para um abraço.

Senti ele suspirar e ri.

– Eu não acredito que você realmente está aqui – ele disse, dando um passo para trás e me segurando pelos ombros.

– Nem eu! - sorri.

– No dia do Met Gala ainda por cima!

Franzi as sobrancelhas.

– Eu já contei pra ela que a gente combinou de falar isso... – Remus disse.

James cruzou os braços.

– Que sacanagem, Remus – ele disse. – Nem para me esperar chegar...

Marlene riu.

Eu não conseguia tirar os meus olhos dele.

Era tudo tão delicado.

Eu sabia que me afastar dele havia sido necessário depois do que havia acontecido, mas, ao mesmo tempo, era como se eu estivesse finalmente percebendo que eu havia ficado dez anos sem ver meu melhor amigo. Sem rir com o meu melhor amigo. Sem me encaixar no seu abraço.

James sorriu.

– Eu sei que eu já disse isso – ele começou –, mas eu realmente não acredito.

Dei uma risada.

– Eu sei...

Marlene pigarreou.

– Nós precisamos resolver uma coisa – ela disse. – Eu, Sirius e Remus.

Franzi o nariz, sem acreditar que eles realmente tivessem alguma coisa para fazer.

– Finalmente topou o ménage com eles? – James zombou.

Ela mostrou a língua para ele, mas puxou Remus e Sirius, que parecia extremamente confuso.

James deu uma risadinha.

– Parece que nem saímos do Ensino Médio, com eles fazendo esses esquemas.

Suspirei.

– Nem me fale...

Ele sorriu.

Nos aproximamos da mesa das bebidas e pegamos um copo para cada. A tensão era palpável, embora ambos tentassem esconder. Dez anos haviam se passado, mas eu ainda me lembrava com vividez da última vez que havia visto James – e a linguagem corporal dele mostrava que ele também.

– Você está bem? – ele me perguntou, e pelo seu tom eu sabia que não era uma pergunta trivial, por educação.

Assenti.

– Tudo certo... – murmurei.

Ele me encarou com o olhar de quem captou uma mentira.

– Tem certeza? – ele perguntou. – Eu sinto muito. Amos é provavelmente a pessoa mais imbecil que existe.

Kiss Me TwiceOnde histórias criam vida. Descubra agora