Paradoxo Sexualmente Transmissível

9 - Realinhando o Presente

Alicia dominou seu talento de viajar no tempo junto com Susana a tal ponto que começou a finalmente usar em benefício de outras pessoas.

Era ótimo poder planejar o dia e reusar o tempo pra pôr trabalhos em dia, relaxar e claro, aprimorar suas habilidades, mas tinha um preço, ver pessoas que ela prezava passando por situações ruins e não poder fazer muito por elas entre seus planos.

Sua prima de segundo grau, Tatiana, estava passando por problemas na vida amorosa e tinha Alícia como uma espécie de conselheira.

Durante um dos saltos no tempo, Alicia recebeu uma ligação que demorou a entender, mas no fim levou a pobre Tatiana a cometer um desatino por uma desilusão amorosa.

Os dias passavam e retornava a chance de fazer algo, mas tanto Alicia quanto Susana tinham receio de que fosse uma má ideia se meter no curso do tempo de outras pessoas.

– Acho que o problema dela talvez se resolva se a gente tirar ela de lá, tirar as pílulas que ela acabou tomando... – Alicia pensava alto enquanto enfiava seu membro rijo e grosso em Susana que de costas, cavalgando com as mãos nas suas coxas, pensava entre uma subida e descida.

– O problema é que a namorada dela a rejeitou e não sabemos bem o porquê, só atrasaríamos a bobagem que ela fez, ou ela iria pra mais longe pra fazer coisa pior... – Suspirou fundo, sentindo Alicia ficar mais grossa e dura, algo que fazia de propósito pra lhe dar prazer.

– Eu vou conversar com ela a sós, antes da hora que achamos que ela se envenenou. Não podemos levantar suspeitas, aquele dia muita gente conhecida estava próximo dali.

– Tá bem, eu vou esperar teu aviso pra chamar a ambulância antes dela fazer a bobagem, espero que você consiga dessa vez... – Mordeu os lábios e massageou bem o tronco macio esperando que Alicia gozasse logo e pudessem prosseguir com o plano do dia.

– Dessa vez eu tenho certeza que vai dar certo... hmmm... Vamos lá... – Alicia sabia que pra dar certo seus orgasmos precisavam ser sincronizados, o que treinaram bastante até aperfeiçoar.

Fecharam os olhos e num instante o mundo voltou ao tempo exato em que começavam o trágico dia vivido várias vezes com o mesmo fim.

Alicia pegou sua bolsa e Suzana ficou no apartamento conferindo as anotações que deixaram no laptop desligado no armário de cabeceira, pra evitar que a viagem temporal estragasse os dados.

Tatiana estava entre semestres na faculdade e em casa, só via TV e mal estudava preocupada com sua namorada.

Tudo marcado pra uma tarde calma, serena e sem maiores problemas, mas o fim era sempre o mesmo.

Alicia decidiu tentar uma estratégia diferente dessa vez, levando na bolsa a esperança de salvar aquela vida.

O apartamento de Tatiana estava tão bagunçado quanto sua mente, mas alicia não se importava, claro.

Cumprimentaram-se e Tatiana, encabulada, botou café na cafeteira tremendo de nervosa. – Desculpa, eu não estava esperando visita mas é bom te ver tão bonita, Licinha...

– Ah, eu sei que você anda passando uma fase ruim mas todo relacionamento tem altos e baixos, tem dia que eu não quero ver a Susana nem pintada de ouro... – Alicia tentava não repetir a mesma ladainha mas era estranho reviver a conversa e tentar mudar o assunto sabendo de mais de dez versões diferentes da mesma conversa ainda vivas na memória.

– Eu queria que a Ticinha entendesse que estou estressada com a faculdade mas ela é tão esforçada e eu estou tropeçando em bobagens, eu tenho medo de perder ela...