10- Perseguição

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Dayanna estava hospedada numa das casas mais próximas do castelo

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Dayanna estava hospedada numa das casas mais próximas do castelo. Faziam duas semanas que ela chegara, esse tempo todo servira também para ela notar quão estranho e distante Sayisman estava, parecia que estava dormindo pouco; nos outros dias ele tentara falar com o Rei, aparentemente o pensamento que veio a mente de Dayanna era que ele estava passando por uma fase difícil, o que seria? Várias vezes ela tentou fazê-lo falar, mas logo ele desviava do assunto.

Estava cogitando sobre ele enquanto estava deitada de costas na cama. O lugar em que estava era simples e sem muito luxo, havia apenas a cama, uma poltrona no lado direito da entrada, um carpete de pele de urso pardo, uma estante pequena na cabeceira da cama e uma mesinha com duas cadeirinhas. As parede eram tingidas de branco e tinha alguns lustres nelas.

Lhe ocorreu sair para encontrá-lo, pulou da cama e cobriu-se com a burca vermelha. Era totalmente incomum as pessoas usarem burcas no reino de Gardênia, especificamente as mulheres, tal vestimenta era típica do reino de Lótus, daí o fato das pessoas acharem que ela era uma Lotusiana.

Como sempre, ela esperara até a substituição dos guardas para entrar no castelo. Andou em bicos de pés até chegar aos aposentos do Príncipe; outra vez se encontrava vazio, era a segunda vez só na mesma semana. Ela suspirou aborrecida. De modo discreto saiu sem que a vissem, pelo menos fora isso que ela julgara até retrair os seus passos quando ouvira a voz de alguém bem atrás dela:

- Ei, quem é você? O que faz aqui? - inquiriu o guarda já levando a mão a empunhadura da espada.

Dayanna se manteve estática e de costas, de repente o seu coração disparou. O que ia fazer agora? Virar ou responder estava fora de questão, o que diria? Afinal ela era péssima no quesito arranjar desculpas.

- Eu perguntei quem és! - o guarda se aproximava devagar. - O que estás aqui a fazer?

Dayanna sentiu os seus passos chegarem mais perto. Nesse momento a única coisa que lhe veio em mente é "Pronto. É agora. Vou ser apanhada e presa."

- Vire-se! - o homem falou com voz imperativa. - Não faça nenhum movimento.

A rebelde começara a ficar meio que agitada, a pressão subia, o coração batia acelerado, o suor tomara conta dela e, para piorar a situação, surgiram mais três guardas.

- O que se passa? - perguntou um deles. - Quem é... Ela?

- É isto que eu quero saber, ela não é daqui e não se sabe como entrou aqui...

Obviamente, ela não deixaria ser facilmente apanhada, isso se quisesse ser pega. Pôs-se logo em fuga desatando a correr pelo corredor a fora.

- EI, FIQUE ONDE ESTÁ! - eles gritavam ao passo que corriam atrás dela.

Antes mesmo que ela chegasse ao final do corredor, surgiram outros quatro guardas que lhe interceptaram o caminho.

- Apanhem-na. - avisou um dos que vinham atrás.

CORONA AURORA - O Regresso da Tulipa (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora