°17°

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((leiam as notas finais ♡))

°Park Jimin°

Hoje completavam exatamente dois meses de amizade com Seokjin. Exatamente, aquele doido que quase me bateu por esbarrar nele no centro da cidade.
Acontece que depois daquele dia nós começamos a conversar, e mantemos contato por quase o dia inteiro. Jin, como prefere ser chamado, se aproximou muito de mim nesses últimos dias... Min Yoongi até ficou com ciúmes, ameaçando matar Jin hyung se ele continuasse frequentando minha casa tão frequentemente.

Em relação a Jungkook, bom... O que falar?
Nesse mês que passou eu e ele trocamos algum beijinhos uma vez ou outra, mas não passou disso.
Confesso que ainda me sinto muito confuso em relação ao meu suposto sentimento por Jeon Jungkook, mas porra, é compreensível! Certo? Eu era hétero até 5 meses atrás, quando eu entrei pra Exotic. Fui hétero minha vida inteira! Fui, mais literalmente do que eu gostaria, criado pra ter uma esposa, filhos e tudo que vem com isso. Eu não estava preparado pra descobrir esse possível lado meu. É compreensível, certo? É, é sim!

Seokjin me ligou, falando que viria na empresa me encontrar para tomarmos café em algum lugar, mas eu tive que negar delicadamente, alegando ter muito trabalho pra fazer.
Eu realmente tinha. Não pense que por dar uns beijinhos no chefe que ele alivia pra mim! Muito pelo contrário, até. Minha mesa está lotada até o cu de papéis para serem revisados,  assinados, organizados, corrigidos e traduzidos pra até três idiomas diferentes. Se achavam que secretário só leva cafézinho e abre a porta, você está muito enganado!

Por isso me surpreendi quando ouvi, no fundo, a voz de Seokjin gritando por mim:

— Park Jimin! — Ele deu um berro que tenho certeza que até Jeon ouviu, trancado na sala.

Me levantei bem rapidinho do meu lugar, pedindo internamente pra Alguém lá de cima tacar um trono sagrado na cabeça de SeokJin, pra ele parar de gritar.

— Senhor, eu disse que poderia chamá-lo por interfone! — Ouvi a voz doce e risonha de Mina vindo atrás de Seokjin, tentando o convencer a não berrar. Pobrezinha.

— Cala a boca, Kim Seokjin! — Ralhei, correndo até ele e metendo logo o socão no seu braço. — Você tá no meu emprego, inferno! Quer me fazer ser despedido, vadia puta?

Jin riu alto, todo escandaloso. Puta merda, é hoje que eu vou morar debaixo da ponte!

— Me desculpe, saeng, mas eu precisava te ver! — Ele falou, me abraçando, mas eu resisti e chutei sem muita força sua perna. — Não me bate, cacete! Cadê o respeito com seu hyung?! — ele não me deu pausa nem pra responder, continuando a tagarelar. — Eu estava tentando ligar, mas seu celular só tocava; Tem essa merda pra quê, se nunca atende? Enfim, já que não pode sair, eu vim até você com toda minha luz!

— Seokjin, eu estou trabalhando! Tra-ba-lhan-do! — Falei separadamente, me controlando pra não descer o cacete nesse puto. — Mina, minha querida! Me desculpe por ele, não tem noção das coisas. Acho que bateu a cabeça quando nasceu, por isso é assim. Mas eu me resolvo com ele, pode voltar pro seu trabalho. Me perdoe por isso! — me virei pra ela, que ria da cena.

— Que nada, Minnie! Não tinha nada pra fazer mesmo, e ele é uma comédia! — Ela riu, sendo um doce como sempre.

"Não tinha nada pra fazer mesmo!" Da vontade de pegar umas três pilhas dos documentos em cima da minha mesa e entregar pra ela. Quer algo pra fazer, não quer?

I'M NOT GAY °Jikook°Onde histórias criam vida. Descubra agora