•Claire's POV•
Por mais que eu estivesse tentando, não conseguia ficar suficientemente bêbada como gostaria, sendo assim, estava totalmente consciente do que fazia e dizia. Eu queria ter Tom mais uma vez e não me importaria se me arrependeria disso depois.
Depois que Amy nos interrompeu, fiquei parada o vendo ir embora sentindo uma pontada de decepção.
- Interrompi alguma coisa? - perguntou ela se embaralhando em suas próprias palavras enquanto eu o perdia de visto no meio da multidão.
- Não. - saiu de minha boca rispidamente.
- Mas você ta brava? - riu tropeçando em seu próprio pé, se apoiando em mim para não cair.
- Chega de bebida pra você. - tomei o copo de sua mão.
- Ah não, mãe!
- Para com isso, Amy. - fui até Sam que estava sem beber, segurando Amy pelo pulso e pedi para ele vigiar minha amiga por alguns segundos.Eu não sabia o que encontraria fora daquela boate e nem se ele ainda estaria ali. Não sei o que me fez tomar a iniciativa de ir atrás dele, mas eu sentia que devia. Que precisava.
Senti minha cabeça girar e começar a latejar enquanto tentava achar a saída daquele lugar, que parecia estar querendo me engolir. As luzes piscavam fortes sobre meu rosto e agora eu quase já não enxergava nada. Me apoiei pelas paredes, interrompendo alguns casais que se pegavam ardentemente contra as mesmas, mas no momento, isso não importava para mim. Senti um vento forte fazer meus cabelos voarem com o ar gelado do lado de fora quando alguém entrou pela porta, finalmente me fazendo achar a saída.
Eu achava ser tarde, achava que quando fosse atrás dele, ele já estaria longe do estacionamento, mas eu estava enganada. Ainda longe, consegui ver Tom entrando em seu carro, completamente embriagado e um sentimento ruim tomou conta me mim, me fazendo correr em sua direção mesmo com toda a neve ameaçando me levar ao chão. Mas não corri rápido o suficiente. Tom arrancou com o carro em alta velocidade para fora do estacionamento e sumiu segundos depois.
Me sentindo fracassada, andei lentamente para dentro da boate, cabisbaixa e tendo a noção de que naquele momento, eu era o ser mais inútil da terra e vi Amy dar em cima de Sam. Deixei de lado todo o sentimento que explodia dentro de mim, levantei a cabeça e andei rápido na direção deles.
- Sam, me desculpe. - tirei minha amiga de perto dele, fiz cara de decepção e acenei negativamente com a cabeça. Ele apenas sorriu sem mostrar os dentes, fechou os olhos e balançou a cabeça como se dissesse que estava tudo bem. Em seguida, voltou a dançar sozinho me fazendo imaginar onde estaria Harry.
Nos afastei dele e mais ao longe, vi meu amigo se agarrar com uma garota desconhecida. Os dois pareciam que iriam se engolir e eu apenas ri ainda segurando em um dos braços de Amy. Ainda perto deles, sentamos nos bancos do balcão do bar e fiz Amy beber um copo d'água. Não queria estragar a diversão de ninguém mas ela tinha que voltar a ter um pouco de noção, já que Sam namorava com Elysia e havíamos ficado amiga dela nos último tempos e ela também namorava com Scott, um cara incrivelmente bacana.
Enquanto Tom invadia minha mente como um tsunami invadia uma praia, continuei olhando para os gêmeos e acariciando os cabelos de Amy, que havia deitado a cabeça em meu ombro. Harry se desgrudou da garota e cada um foi para um lado. Ele se aproximou de seu irmão, falou alguma coisa para ele, provavelmente perguntou onde estávamos, já que Sam virou seu olhar para mim e Harry começou a andar em minha direção.
Ele depositou um beijo molhado no lado esquerdo de minha bochecha.
- Oi chatinha. - sua voz estava levemente estremecida e suas pálpebras caídas. Um sorriso bobo brincava em seus lábios.
- Oi meu amor. E aquela garota lá, hm? - o cutuquei com o cotovelo e sorri.
- Para. - riu sem graça. - Não foi nada.
- Sei... - ao terminar de falar, Amy que estava deitado em meu ombro direito, levantou sua cabeça para olhar Harry.
- Oi Harry! - falou sensual.
- Oi Amy! - falou do mesmo jeito, sorrindo e se aproximando dela.
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Polaroid | TOM HOLLAND
RomanceEla odiava Londres. Odiava como as pessoas agiam naquela cidade, odiava o clima sempre nublado e umido e odiava o fato de seu chefe te-la mandado justamente para Londres, a cidade em que seu coração foi partido, a trabalho por tempo indeterminado. C...