•Claire's POV•
Olhei Tom caminhar até a porta, a abrindo e levando um soco bem dado bem no meio do nariz. Me levantei imediatamente e percebi seu nariz sangrando.
- Ai meu deus! - agachei ao seu lado, o vendo gemer e se contorcer com a mão sobre o nariz e enfim olhei para a porta. - Harry? O que foi isso, cara? - ele ainda tinha os punhos cerrados e depois que percebeu o que tinha feito, abriu a boca e colocou as duas mãos sobre a mesma.
- Puta que pariu! - o ruivo se aproximou e ajoelhou-se ao lado do irmão.
- Eu vou pegar um saco de ervilhas congeladas. - me levantei praticamente correndo até a cozinha e quando voltei, os dois estavam rindo.- Risadas? Sério? Esperava tudo, menos risadas. - entreguei o saco de ervilhas a Tom e me senti ao lado dos dois sobre o carpete.
- Enquanto você pegava a ervilha, ele me disse que fizeram as pazes. Ai começamos a rir. - escutei Harry dizer e fui dar uma olhada no nariz de Tom.
- Cara, você quebrou o nariz dele. - olhei indignada para Harry.
- Já to até acostumado a ter o nariz quebrado. - riu fraco e voltou a colocar o saco de ervilha sobre o nariz.
- Isso é pra ele aprender a deixar de ser um babaca e não falar o que não deve.
- Certo. Eu mereci. - abaixou a cabeça e encarou o chão.
- Eu consigo colocar seu nariz no lugar, depois que as festas passarem, você procura um médico. Confia em mim? - os dois me olhavam assustados com a minha fala.
- Confio, mas onde aprendeu a colocar narizes no lugar?
- Meus amigos dos Estados Unidos sempre se metiam em encrenca, sabe como é. Está pronto?
- Calma, deixa eu respirar. - suspirou fundo. - Pronto.Segurou firme em seu nariz e o torci para o lado, ouvindo Tom dar um grito alto com o impacto.
- Parou de doer, agora eu to bem melhor.
- Eu sei, eu sou incrível. - ri e o vi levantar e lavar o nariz na pia da cozinha, voltando a se sentar ao nosso lado.
- Awwn, eu tenho um protetor! - voltei minha atenção à Harry.
- Sim, te protejo dos idiotas. - Harry ria.
- Esse papel deveria ser meu. - disse Tom sem nos olhar.
- Pois é, e o cômico é que eu tive que proteger ela de você. O cara deveria proteger ela.
- Shhhh! - falei para Harry sem emitir nenhum som para que Tom não visse. - Vem, levanta. - entendi minha mão para ele que logo a pegou.
- Eu nunca mais vou interferir nas brigas de vocês, vocês nunca vão parar com essa palhaçada de terminar e depois voltar. - levantou e nos seguiu até a cozinha.
- Terminar e voltar com o que? A gente não estava em um relacionamento pra ter terminado e voltado. Foi só um desentendimento. - olhei para Tom que me olhava com cara de desentendido, como se o que eu falasse não fosse do conhecimento dele. - To errada? - o perguntei.
- Não. - falou baixo e baixou o olhar.
- Hmmmm, acho que tem alguém que não concorda com isso, Claire.Eu estava de costas para os dois preparando um drinque para bebermos e quando ouvi a fala de Harry, olhei para os dois e vi Harry sussurrar "desculpa" para Tom, como se Tom tivesse brigado com Harry. Fingi não notar e voltei minha atenção ao cocktail, em silêncio.
×××××××
Todas os momentos em que passei com os dois juntos sempre foram maravilhosos, exceto por hoje. O clima estava denso e carregado de energias que eu normalmente procurava ficar afastada.
Por mais que eu tentasse, minha mente não estava alí e por algum motivo, meu namoro com Ian não saia de minha cabeça e isso estava me atormentando. Eu estava com saudade? Eu não sabia dizer. Aquele sentimento de aprisionamento estava comigo de novo e eu enxergava dois estranhos à minha frente, ao invés de enxergar meu melhor amigo e o cara por quem estava me fazendo mergulhar e afundar em uma paixão arrebatadora dentro de mim mesma.
- Ta tudo bem, Claire? - os dois me olhavam com olhos interrogativos, mas foi Harry quem perguntou na ponta da mesa da cozinha.
- Harry, eu te amo, mas será que você poderia me deixar conversar com seu irmão? - eles se entreolharam e Tom balançou a cabeça para Harry não sair e o mesmo pediu desculpa, se levantou e se despediu de nós, saindo pela porta.
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Polaroid | TOM HOLLAND
Roman d'amourEla odiava Londres. Odiava como as pessoas agiam naquela cidade, odiava o clima sempre nublado e umido e odiava o fato de seu chefe te-la mandado justamente para Londres, a cidade em que seu coração foi partido, a trabalho por tempo indeterminado. C...