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vocês votaram e aqui está, né?
#paz
morning 💕

Carol Biazin

Nunca achei que iria chorar pela Day um dia. Sempre achei que minha vida ao lado dela seria mil maravilhas. Sempre iríamos brigar e se resolver. Achei que ela iria vir até mim, falando que nunca quis falar aquele tipo de palavras ou agir daquele jeito. Achei que ela gostava de ficar comigo.

Mas como eu fui burra!

Quando eu cheguei na frente do Starbucks, meus amigos estavam todos reunidos em uma mesa. Rindo de alguma coisa bem engraçada. E aí, quando eu ia me aproximar para perguntar aonde estava minha morena, eu a vi de longe. Os dedos ela apertavam cada parte do corpo de uma menina. E a outra garota estava com os braços ao redor do pescoço dela, a beijando.

Mas como eu fui burra!

Meus olhos no mesmo momento encheram d'água. Meu sorriso no mesmo momento desapareceu. E eu nunca quis tanto correr para minha casa como quero agora. Minha garganta está queimando, por eu estar prendendo o choro. Óbvio que não o segurei por muito tempo. Eu senti aquelas lágrimas desnecessárias descendo, fazendo-me querer gritar e perguntar o porquê daquilo estar acontecendo.

Mas como eu sou burra!

Eu ainda encarava as duas quando elas se separaram. Meu olhar se encontrou com o de Day e ela me encarou muito. Seus olhos estão arregalados, e os meus vermelhos. A boca dela está aberta por estar surpresa. A minha está sendo tampada pela minha mão, porque se não vou gritar.

Eu senti uma leve mão tocando meu ombro, então tive que virar para ver quem era. Dreicon estava me levando para sentar, provável que na mesma mesa que Day está sentada.

— Você não devia estar aqui! — eu ouvi aquela voz... a voz que eu mais amava. Eu amava ouvir aquela voz toda vez que acordava, quando precisava de alguém para conversar ou até mesmo para não falar nada.

— E você não devia falar aonde eu devia estar ou não. Acho que esse lugar é público. — minha voz saiu no automático. Ninguém me impediu de falar aquilo, e eu agradeço mentalmente.

Day ficou calada por algum tempo. Eu sentia o olhar dela me queimando, assim como sentia o olhar dos meus amigos.

— Por quê...? — minha voz saiu falha, me traindo — Por que você me fez acreditar que tínhamos algo bom? Por que me fez acreditar que eu e você era a melhor coisa do mundo? — eu não conseguia parar de chorar. Meus braços me abraçavam, e Dreicon também fazia isso.

— Tudo estaria diferente se você tivesse aceitado...

— Aceitado o quê, porra! Aceitado o quê? — me levantei brutalmente, assustando todos ali, até mesmo ela. — Você é uma idiota que só pensa em si mesma, Dayane! Eu falei que estava gostando e você foi lá, como se quisesse mesmo o meu bem, estragando tudo! — ela abria a boca para falar mas eu que estava falando — Você. Só. Pensa. Em. Si. Mesma! — soletrei, para ver se ela entendia o que eu estava falando.

Todos me olhavam com tristeza, mas estavam felizes também por eu estar falando aquilo.

— Olha... — a tal garota que estava com ela se levantou, fazendo meu olhar cair sobre ela no mesmo instante — Eu não sei o que está acontecendo, eu só peço que vocês parem com isso. Está atraindo atenção de várias pessoas.

A voz dela me irritou tanto.

— Me desculpa, quem é você mesmo? — cruzei meus braços para ver se ela tinha a coragem de me encarar — Passatempo? Será que eu devo apelidá-la desse jeito?

Olhei ao redor e os meninos estavam rindo.

— Carol, pelo o amor de Deus! Para de querer chamar atenção! — Day abraçou aquela garota de lado e meu sangue subiu e desceu.

— Seis meses, Day. Seis.

Foi a única coisa que falei para ela antes de pegar minhas coisas para ir embora. Aquilo me deixou completamente quebrada por dentro.

— Jogados no lixo, é isso? — um pouco longe já, ela retrucou.

— Você escolheu isso, ficando com essa daí.

Easy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora