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Day Limns

— Qual foi a hora da morte?

A voz irônica da Carol me fez olhá-la, revirei meus olhos ao entender o que ela tinha falado. Cumprimentei todos que estavam ali e depois fui até ela. Na sua mão tem uma garrafa de Heineken, parece estar bem gelada.

— Gatinha, sei que você me ama. — sussurrei em seu ouvido, deixando um beijo na testa dela e indo pegar qualquer bebida.

Coloquei dois cubos de gelo em meu copo da cor vermelha e deixei o líquido transparente cair em meu copo. O cheiro forte de álcool fez minha boca salivar, faz muito tempo que não bebo.

Quando eu ia colocar a coisa na boca, a voz daquela mulher me fez não colocar e sim olhá-la.

— E aí, minha querida, e a tal de Amber? — a ruiva sentou em cima do balcão como se estivesse muito interessada.

— Eu não sei — mexi o líquido que estava em meu copo, não olhando para ela — não a vejo faz bastante tempo, para ser sincera.

Mesmo com o som altíssimo dentro dessa casa, consegui ouvir o suspiro dela. Sei que ela gosta de mim, e também sei que ela descobriu que não estou mais namorando.

— Eu gostava de ver vocês duas juntas — mentiu.

— É... gostava? — enfim olhei para ela. Deixei meu copo ali em cima, colocando minhas mãos na coxa dela e acariciando.

— Sim — os ombros dela se encolheram, como se estivesse tímida.

— Você mente tão mau, sabia? — sorri.

— Eu sei. — ela sussurrou, mas pude ler seus lábios, que por sinal, estão tão brilhosos e chamativos que não estou conseguindo me segurar.

Eu ia a beijar, mas Dreicon nos atrapalhou.

— Que tal uma brincadeira? — todos já estavam em uma roda sentados, acho que só faltava nós duas. Respiramos fundo, indo até lá. — Vai ser assim: por exemplo, eu vou apontar pra alguém e desafiar ela a fazer alguma coisa, se ela não aceitar, vai ter que beijar o que eu escolher. Entenderam?

Todos nós concordamos e então começou a brincadeira.

— Julia ... — Dreicon apontou para ela, parando para pensa em algo — eu desafio você a dar um leve selinho na Carol.

Todos arregalaram os olhos, tenho certeza que fizeram isso só porque estou aqui, já eu fiquei super calma. Nós não temos nada mesmo.

— Aceito.

A loira balançou os ombros, andando até a ruiva. Consegui ouvi o estralo dos lábios ao se separarem.

— Victor — Carol o chamou, fazendo ele sorrir ao ouvir — Eu notei que você e a gatinha ali estão se agarrando em quase todos os shows. Então, eu desafio você a falar para nós se está ou não tendo algo sério entre vocês.

Uma troca de olhares entre os dois fora trocada, nos deixando confusos.

— Não. Não está. — a voz dele saiu tão triste. — Day... — ajeitei minha coluna assim que meu nome fora chamado — Um selinho, vai...

Mesmo ele não citando nomes eu já sabia sobre quem ele estava falando. Os olhos da Carol estão super arregalados, como se ela não esperasse por isso.

— Eu não sei, viu... — falei.

— Tá de boa. — a voz dela saiu tranquila.

Concordei com a cabeça, indo até ela e me aproximando. Meu coração se acelerou muito, pois eu estava esperando por esse pequeno contato faz muito tempo. Nossos lábios se tocaram por milésimos e eu me senti a pessoa mais feliz do mundo.

Quando nos separamos, olhei para todos na roda, mas perto da porta estava Amber com um sorriso enorme mas ele logo fora se desmanchando. Ela havia dito que iria viajar, o que está fazendo aqui?

Senti o clima ficar tenso, então dei um super gole na minha bebida, sentindo aquele líquido transparente descer queimando.

— Luccas — para quebrar o clima, resolvi desafiar outra pessoa — Desafio você a passar 7 minutos com a Amber no quarto. Não são obrigados a fazer nada, façam só se quiserem.

A menina foi a primeira a levantar. Puxou meu amigo pela mão, subindo as escadas e não sei mais o que aconteceu. Continuamos brincando, só paramos quando vimos que estava chato isso e resolvemos apenas beber.

O álcool já estava fazendo efeito quando chamei Carol para subir em um dos quartos comigo. Eu não queria fazer nada, apenas queria ficar sozinha com ela.

Me deitei na cama, vendo tudo girar e ela deitou também. Nos abraçamos, como sempre fazíamos antes de dormir juntas.

— Senti sua falta — falei, deixando um beijo na cabeça dela.

— Para, Day. Você está bêbada. — a voz dela estava calma, assim como o carinho em minha barriga.

— Estou tonta, não bêbada. Sei o que estou falando. — me ajeitei para olhá-la. — Mesmo depois de muito tempo sem você, parece que o que eu sinto só aumenta. Essa distância fez isso acontecer.

— Shhh — Carol agarrou meu corpo — vamos só respirar, ok? Quando você estiver sã podemos falar sobre isso.

E então ficamos quietas, apenas respiramos. Mas eu não queria fazer isso; queria falar do quão idiota fui por ter a deixado, por ter a magoado. Meu coração doeu ao lembrar de como Dreicon e Victor falava quando a citavam. Carol ficou super mau sem mim, e eu devo desculpas.

— Eu fui uma idiota! — me sentei na cama — Eu sei! Eu fui! Deixei você no momento em que voce mais precisou de mim.

Os olhos dela olharam os meus.

— Tá tudo bem, Day. — a voz dela parece cansada.

— Não. Não está tudo bem. Eu devia ter ficado. Não devia ter nem começado outro relacionamento, porque eu gosto de você! Sempre foi você!

Peguei nas mãos dela, apertando.

— Ei! — ela me chamou — Não precisa fazer isso.

— Carol, você é uma pessoa incrível, merece ouvir pelo menos um pedido de desculpas — implorei para que ela me ouvisse, mas a única coisa que recebi foi um balanço de cabeça, mostrando que ela não queria ouvir.

— Vamos dormir, depois falamos sobre isso. — eu vi os olhos dela marejarem e eu me senti a pessoa mais horrível desse mundo todo.

Nos deitamos novamente, mas agora eu a abraçando por trás. Sei o quanto ela ama ficar nessa posição. Algo passou pela minha cabeça; algo que eu sabia que estava correto, mas eu sentia e sinto tanto medo quando se trata dela. Respirei fundo, falando o que pensei.

— Namora comigo? — perguntei, fazendo ela se virar rapidamente para mim com os olhos muito arregalados.

— Tá doida, menina?

— Não. Não estou — sorri — Namora comigo?

Ela ficou bastante tempo olhando para mim, com um olhar que eu não consigo decifrar. Nunca consigo ver o que se passa na cabeça da Carol. A boca dela se abriu e fechou diversas vezes. Ela optou por fazer cafuné em minha cabeça, então eu logo peguei no sono, esquecendo tudo o que aconteceu.

##

vocês que lutem para saber o que aconteceu.

quero BASTANTE comentários sobre o que vocês acham que vai acontecer, só assim para o próximo capítulo sair e eu tô falando sério, viu?

beijos e até amanhã

Easy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora