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finalmente a Day veio falar com vcs né

Day Limns

Eu quase morri com o susto que levei. Amber abriu a porta do meu apartamento com uma brutalmente imensa. O que me acalmou foi ver que ela tremia muito e que estava chorando muito também.

Fiquei sem saber o que fazer, até ela começar a falar.

— Eu odeio minha vida! — sua voz saiu cortada, porque ainda chorava. — Minha mãe é uma idiota! Eu odeio tanto ela!

Minhas sobrancelhas se uniram, realmente não entendendo nada.

— Por quê? O que aconteceu? — levantei, deixando meu celular na mesa ao lado do sofá.

— Ela descobriu...

Eu entendi de primeira quando ela disse isso. Amber não é assumida, o que fez a gente ter que namorar escondido. Ela sempre tentava falar com a mãe dela para ver se ela podia namorar uma menina um dia, mas ela sempre dizia que era super nojento e nunca iria permitir isso.

Fiquei pasma, sentando no sofá novamente.

— Day, eu tentei... eu juro que tentei fazer com que ela não descobrisse mas ela acabou vendo meu celular e nossas mensagens — o desespero dela é tão grande que ela se ajoelhou e começou a tocar meu corpo.

— As mensagens, por que você não as apagou como eu venho pedindo para você sempre?

Minha voz se alterou. Óbvio que eu estou com raiva.

— Eu esqueci. Também não achei que ela chegaria a esse nível! — encarei seus rosto, vendo ele totalmente vermelho de tanto chorar.

Ficamos muito tempo caladas. Eu, pensando em várias coisas. Ela, ainda chorando tentando resolver isso.

— O que ela disse? — falei, tranquilamente.

— "Você não merece o chão que pisa!" — ela olhou para um ponto qualquer, talvez lembrando do rosto de sua mãe enquanto falava isso — "Eu quero que você termine com ela, ou se não você não tem mais casa, mãe e nem se quer o emprego."

Respeitei fundo, pedindo licença para ela sair dos meus pés e levantei. Nunca achei que iria falar isso na minha vida, mas tive que falar.

— Sua mãe tem razão — encarei Amber. O desespero dela ficou super maior.

— O quê? Ela não tem!

— Tem sim. — tentei inventar qualquer desculpa — Ela é sua mãe, sabe o que é melhor para você... Então, sendo assim, acabou.

Abaixei minha cabeça, para não ver o que Amber estava fazendo. Claro que ela está chorando, mas não achei que seria tão péssimo terminar com ela.

— Você não pode fazer isso, Day...

— Posso sim.

Andei até a porta, abrindo-a para ela sair. Ela negou, então eu concordei. Os passos dela foram lentos, me deixando tensa. Quando ela finalmente saiu, pude respirar fundo.

Até que não foi tão ruim assim.

Easy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora