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Carol Biazin

Duas semanas se passaram, e eu estava mais ansiosa do que nunca para minha primeira apresentação na TV. Minhas mãos estão soando, não consigo parar de tremer. Respiro fundo diversas vezes, antes de alguém falar no meu retorno.

— E lá vem ela, Carol Biazin — a apresentadora apontou para mim. Não pude deixar de sorrir — Você é mais linda ainda pessoalmente!

Nos cumprimentamos com dois beijos e um abraço apertado. Ela disse que antes de eu me sentar, ia fazer algumas perguntas. Respondi-as com educação e rapidez. Graças a Deus nenhuma delas envolvia a Dayane.

Em minha frente tem dois sofás, o que os separa é uma parede. A decoração daquele cenário é de tirar o fôlego. Na frente dos dois sofás, há um microfone, uma mesinha que, julgo eu, serve para apoiar a folha do nosso rascunho, caso precise.

Andei até o meu lado, sentando e colocando meus dois retornos. A partir dali, não consegui ouvir mais nada. Tocava uma música desconhecida por mim no retorno, acho que é para mim não escutar a voz da pessoa que irá cantar comigo.

Passou alguns minutos e comecei a ouvir uma voz masculina falando com alguém. O porquê de eu estar ouvindo? Não sei.

— Você entra em três segundos. Três... Dois... Um... Agora!

Uma voz, meio fina e muito boa de se ouvir começara a cantar. A batida da música é completamente boa e gostosa. Para mim que eu conheço aquela voz, mas deixei de lado.

Prestei atenção no meu momento de entrar. Minhas mãos não estão mais soando e nem meu corpo está tremendo mais. Minha tranquilidade é muito boa.

Eu ouvi a voz do meu diretor falando comigo, avisando que era minha vez de entrar. Então, com a voz mais rouca que o normal, comecei a cantar minha parte.

Se cê quiser pode ficar
Não tenha pressa de ir embora
No teu olhar, eu via só o meu
Tô só esperando a hora

De você se aproximar
Nem que seja devagar
Deixa rolar
Pode ser a noite inteira
Cola o teu corpo no meu
Finge que já percebeu que eu tô na tua

Eu me prendi no teu olhar
Se não for pedir demais deixa de se preocupar
Eu já não sei o que fazer
Pra te convencer que no final vai ser eu e você

Eu me prendi no teu olhar
Se não for pedir demais deixa de se preocupar
Eu já não sei o que fazer
Pra te convencer que no final vai ser eu e você

(Carol - Itálico/ Outra pessoa - Negrito/ As duas - Normal)

E esse tempo não volta, não
Então me diz o que tu quer pra não se arrepender depois
Nesse jogo eu tô na tua mão
Por isso tá fácil de ter meu abraço

Eu me prendi no teu olhar
Se não for pedir demais deixa de se preocupar
Eu já não sei o que fazer
Pra te convencer que no final vai ser eu e você

Eu me prendi no teu olhar
Se não for pedir demais deixa de se preocupar
Eu já não sei o que fazer
Pra te convencer que no final vai ser eu e você

Eu ouvi vários gritos, achando que era para mim ou até mesmo para a outra pessoa que contou.

Mas quando eu me levantei, a parede se levantou junto e o rosto que eu jurei nunca mais ver na vida, está aqui, olhando para mim.

Easy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora