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Narrador

Todos ficaram quietos, definitivamente, quando as duas pessoas se encararam e não disseram uma sequer palavra. Os olhos de Carol subiram e desceram pelo corpo alheio, logo começaram a marejar. Os olhos da outra pessoa estava com um ar calmo, de que tudo está no controle, mas por dentro ela grita.

A apresentadora fez um barulho com a garganta, não entendendo o que estava acontecendo ali. Talvez se você mexesse em alguma rede social, saberia o que está acontecendo! Pensou Carol.

— Com licença... — ela se aproximou mais — Vocês já se conhecem?

As três se entre olharam.

— Não! — a ruiva, com um bolo enorme na garganta, disse com rapidez — Não. Não nos conhecemos. Ela só me lembra uma pessoa.

Ela passou a mão no rosto, tentando tirar aquela feição de quem está triste. A pessoa em sua frente encarou alguém que estava sentada na plateia, pedindo socorro.

— Bom, eu tenho algumas perguntas. Tudo bem? — as duas resmungaram, mas concordaram.

— Tudo bem. Podemos só dar uma pausa? — Carol pediu, em voz baixa.

— Óbvio!

A mulher foi tão gentil. A ruiva acabou por correr até seu camarim, e desejou nunca mais sair de lá de dentro. Na cabeça dela só passava um nome, Day...

Quando ouviu um barulho, de quem tentava abrir a porta, desejou que fosse alguém mandando ela ir embora para casa. Mas não, era Dreicon, com as mãos no bolso da calça e com seus ombros encolhidos, como se sentisse culpa daquilo ter acontecido.

— Você sabia, não é? — a mulher engoliu seco, tentando não chorar. A cabeça do menino apenas concordou, fazendo-o se sentir ainda mais culpado. — Mesmo sabendo que eu não queria mais vê-la em minha frente, você aceitou?

— Carol, eu...

Ele tentou se desculpar, mas Carol não permitiu. Pediu para ele se calar, então ela começou a falar.

— Eu pedi pra todas as entidades, pra Deus, pra todos, para mim esquecê-la, e é assim que você faz eu me esquecer? — ela o encarava triste. — Eu ainda gosto dela, por mais que só ficamos por seis meses. Drei, eu precisava não vê-la nunca mais, e agora tudo foi por água baixo!

Ela se ajoelhou abraçando os joelhos. Fora impossível não chorar.

— Carol, eu sinto muito. — ele se ajoelhou, tocando nos braços alheios — Sinto muito mesmo. Eu achei que você quisesse mesmo fazer isso, independentemente se fosse com ela.

Sem ele perceber, ele também chorava. Chorava por ver como sua amiga estava machucada. Por saber como a sua outra amiga a machucou.

Carol ia abrir a boca para falar alguma coisa, mas escutou alguma coisa sussurrar em seu ouvido. Lembrara que ainda estava com o retorno, então conseguira ouvir toda entrevista.

... Como vocês conseguiram ficar juntas mesmo com esse mundo sendo tão preconceituoso? — a voz da entrevistadora soou pelos ouvidos de Carol, fazendo ela prestar mais atenção.

Bom, eu sempre achei Carol uma mulher super incrível, super! O nosso carinho, amor e companherismo fez com que lutassemos por tudo que amávamos.

A ruiva sorriu, achando aquilo fofo. Dreicon, por sua vez, não entendeu nada.

O que você acha dela?

Carol Biazin é uma mulher enorme. As coisas que ela faz são tão bonitas. — ambas desejavam ver seus rostos.

Acabamos de receber a notícia de que Carol estava passando mau, por tanto, a entrevista chegou ao fim.

Todos bateram palma.

Dreicon ainda não estava entendendo nada.

Carol já se sentia bem.

Por mais que Day quisesse ver Carol, tinha um relacionamento para cuidar. Amber não gosta de Carol.

Então, acho que Day tem que cuidar de umas coisinhas antes de correr atrás de quem realmente a interessa...

Easy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora