1.Pesadelos

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Os noticiários estavam em alerta, emitindo á todos um sinal para evacoarem o litoral dos Estados Unidos e Canadá, os países estavam sendo ameaçados por ondas enormes, maiores do que qualquer edifício das grandes potências. Elas surgiam no meio do Atlantico norte, inundando o mundo de água e a seus moradores de medo, o pavor nos olhos de cada cidadão, suplicando misericórdia para qualquer deus que acreditavam ou passaram a acreditar depois que viram as filmagens do que estava acontecendo fora de suas casas. As  ondas eram tão rapidas quanto os aviões enviados pelo governo para ajudar no evacuamento. O presidente estava furioso pois sabia do que se tratava, mas nem ao menos podia contra-atacar. E lá estava a fonte de toda essa angústia, de cabelos ruivos e olhos tomados por um azul vivo, Mera, rainha de Atlântida. Feixes d'água rodeavam seus braços enquanto o que a corte da viuvez mais temia se tornava a relidade diante de seus olhos. A rainha fatal e seu governo sanguinário. Não havia mais heróis para salvar o mundo dessa vez, e todo o cenario tomava um tom avermelhado e gritos eram ouvidos até que.....

Ppprrriimmmm!

Mera estava tão imersa ao pesadelo que acordou com um sobressalto sentindo seu coração batendo fortemente em seu peito, seus olhos estavam azuis como no sonho, ou como sempre acontecia quando perdia o controle. Essa era a causa de toda água que sobrevoava por seu quarto, até que seu cérebro em alguns segundos raciocinou que era somente um pesadelo e assim pode se acalmar. Seus olhos voltaram a sua tonalidade azul padrão acompanhados da sua respiração que encontrava um ritmo mais calmo.

Ela bufou desligando o despertador e afastando o lençol que cobria suas pernas. Ela se levantou, ficando na ponta dos pés para não se molhar com as poças de água ao seu redor, foi até o banheiro e deixou que a camisola de seda deslizasse por seu corpo quando a tirou. Entrou no box e mergulhou de cabeça no chuveiro, sentindo a água passear por seu corpo. Mais uma vez testou sua respiração, percebendo que ainda podia encontrar ar para seus pulmões de baixo d'água.

– Que droga! -Esclamou bantendo na parede

Sua testa encostou na parede molhada, suas mãos que agora encontravam o concreto do box, esburacado pelo soco. "Por que eu não podia ser normal?" Perguntou a si mesma indiguinada por ter habilidades as quais ela não sabia a origem. Foi quando lembrou de uma técnica que seus país a ensinaram, e então focou no som da sua respiração, controlando seu estresse e deslizamento suas mãos e assim as tirando dos buracos que foram formados na parede.

O pano encharcou em baixo dos seus pés enquanto ela o arrastava enrolada na toalha sobre as poças d'água em seu piso, aproveitando que já era caminho para seu guarda roupa, o abriu procurando o que iria usar hoje para esconder o seu corpo anormalmente definido, então escolheu uma simples blusa branca social com uma calça que beirava o preto e os saltos -não tão altos- pretos.

Já vestida ela secou seu cabelo e pegou sua bolsa olhando o relógio da parede e notando que chegaria atrasada se não estivesse lá em menos de 30 min, e foi ai que a correria começou, ela não se importou em pegar a primeira maçã que viu na fruteira, afinal quem imaginaria que ela estava mais madura além do ponto? Se apressou em ir até a garagem e entrou no carro dando ré totalmente esquecida do portão atrás de si, rosnou furiosa ao ouvir a batida e então tirou a chave do portão elétrico e apertou o botão o fazendo abrir e ai sim ela pode sair, por sorte Amnesty bay não era uma cidade muito caótica, e a falta de engarrafamentos foi de grande serventia para que ela chegasse a tempo no ocenlabs ou ABML(Laboratório marínho de Amnesty Bay).

Ao chegar parou o carro em frente ao alojamento, e quando saiu apressadamente do veículo, sentiu o salto baixo entrar entre pequenas pedras que circundavam o chão do local em volta do laboratório, mas isso não a parou, ela foi com passos decididos até a entrada onde passou o cartão de funcionaria e entrou, a porta se fechou atrás de si logo após sua entrada, o clima gélido dissipou-se rapidamente graças aos aquecedores da entrada. Mera suspirou satisfeita com mais um dia de trabalho, de fato amava o que fazia, sua paixão pela vida marínha a levou a grande descobertas e hoje era reconhecida como a grande biologa marinha que era. Seus pensamentos foram cortados pelo homem de cabelos negros que invadiu dua visão, um sorriso desconcertado tomou seus labios e ela olhou o relogio em seu pulso vendo que não estava atrasada.

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