4.Bar e Parcerias

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A lua já dominava o céu quando Mera chegou ao bar, sua roupa magicamente teria secado segundos antes de entrar no local, se é que sua hidrocinese poderia ser chamada de mágica. Não era um habito comum em sua vida sair para beber, por falta de tempo ou por que a ideia de álcool em ambiente desconhecido não a atraia muito. Porém ela era uma pessoa de personalidade forte, um fósforo prestes a pegar fogo, e seus problemas acumulados estavam a estressando, precisava tirar um tempo para relaxar. Amnesty bay era uma cidade pequena, e não tinha muitos lugares calmos para beber na mais pura tranquilidade, muito menos para evitar encontrar individuos indesejados. Seus passos perderam a firmeza quando ela avistou o homem que estava próximo ao balcão, e por um momento pensou em dar meia volta e ir para casa.

"Não seja idiota Mera, desde quando se importa com a presença dele?"

Falou para si mesma. Suspirou como se tomasse coragem e voltou a caminhar até lá, sem que seus pés falhassem, manteve uma distância segura e pediu uma dose de Whisky forte, sabendo que as bebidas nunca tinham o efeito desejado, então por que se preocupar?

Arthur por outro lado, virava um copo imenso de cerveja, acabando alguns segundos após seu pai em uma espécie de competição, ele tinha notado a presença dela desde que ela passou pela porta, mas preferiu não se manifestar, era o melhor a se fazer. Vez ou outra acabava olhando em sua direção, mas nunca por muito tempo. Uma hora seu pai decidiu que iria voltar para casa, já que não tinha a mesma imunidade ao álcool que seu filho, que agora insistia em leva-lo para casa, mas o velho Curry parecia ter notado o clima estranho entre Arthur e a Sullivan, então apenas negou repetidas vezes até que o meio antlante desistisse da ideia. Quando ele foi, Arthur se viu em um balcão virando mais um copo de bebida, a alguns metros de distância de Mera, e por mais que ele tentasse, seus olhos sempre a buscavam, e quando encontraram os dela, ele sorriu e acenou tentando parecer amigável mas ela apenas o ignorou.

- Você podia pelo menos fingir- Ele comentou quando se aproximou, ela bufou revirando os olhos no mesmo instante, mas o ato não fez com que ele se afastasse -Sabe... fingir que não me odeia tanto, vão achar que é uma vilã em potêncial

- Você gosta mesmo disso, não é Arthur?- Havia um tom irônico em suas palavras e um sorriso forçado complementava todo o ar ignorante que ela tentava passar- Digo, primeiro a pesquisa, e agora eu, me parece ser algo comum para você.

- Nem tanto- respondeu igualmente irônico- eu acreditei na história das sereias nerds

- Mesmo? Por que você pareceu achar tudo uma grande idiotice da minha parte

- Não é todo dia que me chamam para caçar sereias- Respondeu oferencendo o seu melhor sorriso de desculpas, mas ela não o respondeu, e ele sentiu-se inexistente quando o silêncio passou a circunda-los

- Eu não odeio você...-Ela começou, hesitante, com os olhos sob a bebida a sua frente- Eu só te acho um tremendo babaca

Por mais que esse não fosse o melhor dos elogios, ele soara bem melhor em sua voz, ela o viu arquear as sobrancelhas em uma expressão surpresa, que logo foi tomada por um sorriso contagiante que a fez sorrir também.

- Me sinto honrado Srt.Sullivan...-Um riso natural soou dela, que agora voltava o olhar a bebida- Você é sempre persistente assim?

Inesperada, Mera demorou um pouco para entender a pergunta, e quando entendeu precisou de alguns segundos para formular uma resposta. Sua mente pecorreu por alguns acontecimentos de sua vida, a lembrando de sua determinação quase inabalável.

- Normalmenti sim, eu diria- Ela respondeu.

Em seguida levou o copo de vidro até seus lábios e os gelos se chocaram em um som agradável, a bebida desceu quente por sua garganta, era uma boa sensação, e ela esperou que isso a aliviasse um pouco, ou pelo menos inibice seus sentidos para que ela não sentisse o peso do olhar do homem ao seu lado.

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