Otelo | VHOPE

7-7

Não esqueça o votinhooooo

【TAEHYUNG POV ON】

— Yang Mi! — Saudei a mulher baixinha com um dos meus melhores sorrisos.

Não que ela merecesse, porém, para o bem da minha convivência com Hoseok, isso era mais do que necessário. Mesmo morrendo de vontade de segurar o pescoço desta com minhas mãos e apartá-lo por ter estragado um momento íntimo.

— Oi. — Me olhou com desdém, algo típico vindo dela. — Cadê o meu filho? — Ela entrou, esbarrando em mim. Em seguida, quando parou no centro da sala, olhou a sua volta e eu pude ver claramente o seu rosto enojado. — Meu Deus… Que… Lugarzinho.

— Quando o diabo não vem, manda o secretário dele, francamente. — Falei baixo, enquanto caminhava para o sofá.

Yang Mi nunca gostou de mim e eu também não ficava atrás, isso nunca foi novidade. O fato de nos evitarmos era evidente e qualquer um perceberia a falsidade presente em encontros assim. Estes que ocorriam dificilmente, pois, nunca conseguíamos ficar sob a presença do outro.

Paciência, Taehyung, muita paciência.

—Você escutou o que eu disse? — Ela se virou para encarar meu rosto.

— B-Banho!— Minha voz falhou quando me sentei, e o objeto se tornou algo incômodo. — Ele está no banho. — Respondi num suspiro. — J-Jo Hoo veio? Achei que estavam juntos. — Perguntei.

— Sim, já que Hoseok não gosta de ouvir a própria mãe, a mulher que lhe deu a vida… Eu trouxe o inútil do pai dele, quem sabe dessa vez ele entenda de uma vez por todas que essa coisa só vai render frutos ruins. — Disse ela, colocando o lenço que trazia consigo em cima do estofado. Sua voz me dava ânsia. — Ele está conversando com o responsável por este… Muquifo que vocês chamam de condomínio.

— Essa… Coisa, Yang… — Falei, enquanto me acostumava com a sensação da presença do pequeno brinquedo. — Isso, se chama casamento. E se você não é feliz no seu, não atrapalhe o meu e do Hoseok, ok? Convenhamos que, todos aqui são adultos inclusive Hoseok. Acorda e entenda de uma vez por todas que ele não é mais o seu bebê. Ah, e se veio novamente tentar convencer o meu marido de voltar para debaixo de suas asas, esqueça. Somos muito felizes. — Sorri.

— Debaixo de minhas asas? — Semi cerrou os olhos.

— Exatamente. — Pisquei como um anjinho. — Quanto ao “muquifo”, foi Hoseok quem escolheu, ele odeia o assédio da mídia tanto quanto eu. Pensávamos em morar numa casa maior, com um jardim imenso e tudo mais… Porém, somos apenas ele e eu. Não há necessidade de uma mansão, até porque, acabaríamos tendo muito espaço e isso viria acarretando numa possível, hum… Como posso dizer? Nós ficaríamos “longe” um do outro devido ao excesso de espaço, sabe? Imagina o quão ruim seria querer a companhia de quem eu amo e ter o mesmo preso num escritório dentro da própria casa? Oh não! — Acenei de forma negativa. — Tudo o que eu não preciso, é um casamento como o seu.

Yang Mi por um momento pareceu estar chocada com o que eu acabara de dizer. Mágoas à parte, sabíamos que era a dura realidade. Para ela, claro.

— Agora, somos todos uma família. O que não há necessidade neste caso, são as farpas trocadas, não é mesmo? — Hoseok apareceu no fim da escada, vestindo uma roupa casual e aparentemente com seu estado emocional, normal. Pelo menos até enfiar a mão em seu bolso e logo deixar escapar um sorriso maldoso. — Oi, mãe, como à senhora está? Onde está meu pai? — Acolheu a mulher baixinha em seu peito, em um abraço quente.

Quente assim como eu estava por dentro, após sentir uma vibração lenta se iniciar.

Hoseok estava sendo um perfeito desgraçado ao fazer isso comigo, ele mais do que ninguém sabe o quanto sou sensível, e qualquer coisa me deixaria duro.