Capítulo 6

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— Você conhecia Rose Johnson? — Sarah encarou Henry, que pacientemente dava mais um gole na cerveja

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— Você conhecia Rose Johnson? — Sarah encarou Henry, que pacientemente dava mais um gole na cerveja.

— Isso é um interrogatório detetive? Talvez você precise de papel e caneta.

— Talvez, mas não agora...

— Certo… 

Henry não parecia nenhum pouco desconfortável em relatar a noite que conhecera Rose. A frieza e dissimulação no tom de voz do homem, seria capaz de impressionar qualquer um que soubesse da verdade.

— Paul é meu amigo de infância e sempre que posso, dou uma ida lá no bar. — Ele se ajeitou no banco, virando seu corpo para que pudesse ficar de frente para a detetive, apoiando o braço que segura a garrafa no encosto — A última vez que fui ao House Dear's, acabei entrando numa briga por causa dessa moça. 

— Eu li o depoimento. O dono relatou que houve um desentendimento entre alguns clientes, mas que aquilo era comum e não citou nomes.

— Brigas em bar serão sempre comuns, detetive… Enfim, eu voltava do banheiro quando percebi que um grupo de bêbados assediava a garçonete. Parei do lado dela e perguntei se tava tudo bem; por mais que eu soubesse que não. Um deles me afrontou e perguntou se eu queria participar da festa com a "putinha", então foi nessa hora que acabei dando um soco na cara do idiota.

Sarah deixou uma risada em forma de sopro escapar pelo nariz, enquanto balançava a cabeça negativamente.

— Você chegou a vê-los saindo depois?

— Infelizmente não. Paul detesta brigas lá no House e não permite que elas se prolonguem. Quando ele chegou o circo já tava armado, por ser meu amigo e sabendo que o conheço bem, me pediu para ir embora.

— E você foi?

— Eu saí do bar, e já destrancava meu carro, quando senti alguém me puxar pelo braço. Virei e vi a garçonete me olhando, como se quisesse me matar.

— Como assim? — Sarah olhou confusa para Henry — Porque ela ia querer te matar?

— Eu fiz essa mesma pergunta mentalmente, enquanto ela me fuzilava com os olhos, mas pelo que entendi, acabei estragando a "gorjeta extra" dela, se é que a senhorita me entende. — Henry se levantou e caminhou em direção a porta da recepção. Sarah com o semblante ainda incrédulo, seguiu o homem.

— Então você está me dizendo que ela… 

A detetive trocou um breve olhar com Henry, que assentiu com a cabeça, confirmando o que ela estava pensando. A mulher parou na escada, escorando no corrimão, enquanto o homem pegava um molho de chaves no balcão.

— No fim das contas, ela acabou voltando para dentro do House e eu vim embora. Depois, vi no noticiário que ela estava desaparecida...

— …e morta.

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