Xxx Eita quem lembrou que tem fics pra terminar? Estou repostando e mudando alguns nomes, Enjoy. xxX
Pov Ludmilla
Recebi, giro, passo por um, por outro,
entrego a bola. Emily fez uma nova jogada, tocou para Patrícia, que voltou a bola aos meus pés, levantei a cabeça, um chute. Gol. Gritos, abraços, todos me parabenizavam, eu estava feliz, não estava? Faltava algo, faltava alguém.Alguns meses antes:
- Ei, Marcos! - chamei meu irmão.
- Sim? - ele chegou mais perto.
- O que acha de darmos uma festa? - abri um sorriso.
- Bom, você sabe o que acontece nessas festas, precisamos buscar a mercadoria. - ponderou.
- Eu, você, Conner e Oliver, buscamos a mercadoria, o resto cuida da festa, é sexta feira, não tivemos invasões, os tiras estão tranquilos, vamos comemorar. - tentei convencer.
- Eu ouvi festa? - Conner chegou, segurava uma glock .40, tinha Oliver em seu encalço.
- É, Ludmilla quer dar outra festa, chamar atenção dos tiras outra vez - revirei os olhos para Marcos.
- Eu ouvi festa? - minha mãe entrou, repetindo o que Conner disse a pouco, casa da mãe Joana mesmo.
- É mamãe, podemos? - fiz olhos de gato, bati os braços e coloquei um bico nos lábios, ela não negaria agora.
- Bom, não é a melhor hora, mas você sabe que não resisto a essa carinha, Marcos, organize tudo sim? - mamãe sorriu para ele e eu e os meninos rimos do seu jeito emburrado.
- Sempre sobra - revirou os olhos, mas não reclamou, conhecemos nossa mãe tempo suficiente para saber quando perdemos a guerra.
- Já que você vai ficar, chama o Cabeça pra mim, preciso de mais gente nessa. - assumi meu lugar, e logo estavam todos novamente com suas máscaras.Flashback On:
Não nos entenda mau, somos bandidos por assim dizer, mas, existe bandido bom, sabe? Entrei nessa porque meu pai era isso, um traficante de uma viela do bairro, sempre moramos na favela, e sempre estivemos juntos, eu, mamãe, vovó, Marcos, Conner e Oliver, éramos uma família e ponto. Até que meu pai morreu, mamãe precisou começar a vender porque não tinha o que nos dar de comer, Marcos passou a ajudar servindo de pombo correio, e eu passei a entender mais da vida. Quando fez três meses da morte de meu pai, mamãe se descobriu grávida de novo, último presente que ele nos deixou, então eu tomei a frente, como viveríamos com uma boca a mais se não podíamos nem com as que já tínhamos?
Fiz o que achei correto, subi o morro e pedi aos caras que me deixassem falar com o chefe, eles riram de mim, como uma pirralha de 14 anos queria falar com o chefe? Ele não tinha tempo pra crianças, ali era coisa de homens, foi o que eu ouvi, só que, em um momento de distração dos tais seguranças, tirei a arma que um deles balançava nas mãos enquanto ria, e mesmo me vendo com aquilo, ele só soube rir mais. Me enfureci, como assim eu não teria voz? Disparei para cima, e foi quando ele soube que eu sabia usar aquilo. Então um grande homem veio até mim, negro e de barba rala, cabeça raspada e algumas cicatrizes entre tatuagens, ele estava cercado de outros homens, todos armados, quando viram quem tinha efetuado o disparo, só o grandão esboçou reação.
- O que está acontecendo aqui? - exigiu, tinha voz grave, falava com imposição.
- Eu quero falar com o chefe - tomei frente, eu não o conhecia a final.
- Você está falando com ele - ergueu uma sobrancelha, me assustei de primeiro, mas eu havia chegado até ali, mais um pouco de coragem seria o que? Nada.
- Pois quero um emprego aqui, o que minha mãe vende não nos sustenta, tenho um novo irmão chegando, e preciso manter nossa família. - fui firme e tentei soar como ele, imponente. Se possível, ele ergueu mais a sobrancelha.
- Quantos anos tem criança? - revirei os olhos, ele parecia intrigado.
- Tenho 14, faço 15 em abril, sei pesar, sei contar, sei empacotar, posso transportar, é só o que sei, mas posso aprender rápido, preciso do dinheiro.
- Certo criança, você tem um emprego comigo, mas uma vez aqui, só se sai para ir ao lago, entendido? - lago era onde os corpos iam parar, assenti. Ele continuou. - Agora, vamos para o carro, tenho uma encomenda para buscar, vi que está armada, espero que saiba usar isso, não vou proteger crianças metidas. - e todos riram.
Flashback off:Foi assim, a sete anos trabalho nisso, e com meus 17 feitos o chefe tinha ido parar no lago, qual surpresa a minha saber que ele tinha um testamento, pior ainda, eu era sua sucessora, ele não tinha filhos, gostava de mim, eu era esperta, disse na carta que eu me sairia bem.
Com isso eu virei chefe do moro do Alemão, a 6 anos atrás não parecia grande coisa, hoje, vendemos e lavamos dinheiro, hoje temos um império do crime organizado e bom, as vezes merecemos comemorar, não?
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Fora da Lei - Brumilla
ActionBrunna Gonçalves, morena, olhos castanhos, nariz arrebitado, boca bem desenhada e jeito de menina. Com dezoito anos tinha tudo o que uma garota mimada teria, bons pais, amigos leais e até um namoradinho de escola. Nunca precisou lutar por nada. Nunc...