Fora da Lei - Brumilla

Capitulo 3

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Ludmilla Pov

Estava pronta, óculos escuros, jeans, tênis, camisa simples e colete, todos pretos. Estávamos eu, Oliver, Conner e Cabeça, aparentemente claro. Nossos seguranças estavam atrás, cercando todo o local, conseguimos recentemente uma carga, itens que chamamos de propaganda, eu lavava dinheiro assim, em produtos de higiene e afins se pode esconder muita coisa. Hoje em especial, estamos recebendo uma carga de drogas, não gostava de trabalhar com isso, mas alguns vícios precisam ser mantidos, ordens do Grandão em seu testamento. Iríamos fazer a troca, uma carga por outra, apesar de termos dado uma modificada na quantia de dinheiro realmente existente ali.
Juntos tínhamos dois carros blindados, três sub metralhadoras e uma super colt, nossos seguranças portavam fuzis recém adquiridos por nós em nosso último negócio.
Exatamente as 20hrs, três carros estacionaram ao nosso alcance máximo, de dentro de um deles saiu um homem alto e com roupas elegantes, acho engraçado como eles gostam de se vestir (engomadinhos) , afinal, estamos trabalhando com drogas e não indo a uma festa.
- Tenho dois pedidos aqui - virou pizzaria, pensei.
- Sou toda ouvidos - ergui uma sobrancelha.
- O dinheiro do negócio e você na minha cama - fez uma cara engraçada, tentei não rir, não consegui.
- Bom, o dinheiro será transferido assim que eu conferir a carga, quanto à segunda parte, costumo pensar que onde se faz o pão, não se come a carne - ele era até que bonito, mas não valeria a pena de qualquer forma.
- Certo, temos aqui 150 quilos de cocaína - pausou - Mas algumas coisas mudaram, esta mais difícil passar pelas fiscalizações, então aumentamos o preço minimamente - conhecia esse olhar, azar o dele que o grandão me ensinou tudo o que sabia, além dos meus anos em experiência prática.
- Pois bem, vocês estão em três carros, são exatos 12 homens bem armados, mas com pouca munição, pelo o que posso olhar aproximadamente, aí tem no máximo 100 quilos e você está tentando ser mais esperto que eu - pausei impondo minha voz, ele tinha uma sobrancelha arqueada e um misto entre raiva e nervosismo nos olhos, continuei - Tenho duas opções, ou você quer ganhar em cima do seu chefe, ou ele quer ganhar em cima de mim. - assim que terminei seus homens saíram do carro e apontaram suas armas para mim, abri um sorriso sarcástico.
- Okay benzinho, você não me dá escolhas, preciso da grana, seja gentil e transfira para nós, estão em menor número aqui. - ele sorriu, e então pude ver um brilho peculiar em seu paletó, mira laser, eles estavam cercados, sorri mais.
- Abaixe suas armas e me entreguem a carga, meus homens estão a postos e se acha que é páreo para mim, atire. - abri os braços o deixando sem reação, nesses poucos segundos, dei a ordem, um aceno de cabeça meu e dentro de meio segundo, um a um de seus homens foram caindo, restou apenas ele.
- Você está brincando com fogo criança, isso não vai ficar assim! - bufou, sorri mais ainda.
- Obrigado pelos presentes, nos vemos no inferno. - ergui a mão que segurava a arma e atirei, não queria chegar a esse ponto mas já coleciono inimigos de mais, não gosto de deixar pontas soltas.

Eu nunca perco.

Horas Depois

Passamos o resto do tempo conferindo o que eles tinham, era cocaína afinal, misturada com outras substâncias, mas acabaria funcionando, eram 22 horas quando terminamos tudo, fechamos o local restrito onde escondemos apenas as drogas que serão vendidas e seguimos o rumo de casa, ainda teríamos uma festa e eu definitivamente precisava dela.

Quando bateu exatamente 00:00 e o baile já estava pegando fogo nós chegamos, abrindo caminho por onde passávamos e comigo sendo reverenciada conforme passava, todos aqui me chamavam de rainha, não pelo sentido em si, mas por tentar levar paz e dignidade a todos do morro, éramos bandidos pelo lado bom de alguma coisa, no final só queríamos o bem de nossas famílias e amigos, quem não? Subimos para o camarote principal destinado a mim, ergui minha fiel escudeira para cima e dei apenas um disparo, todos gritaram insanos e o dj aumentou o som do funk que tocava, tínhamos cumprido nossa missão mais cedo, estávamos todos mais um dia vivos e bem, então relaxei, mantive alguns seguranças em revezamento e permiti a bebida liberada para todos, nesse tipo de meio, todos os dias deveriam ser comemorados por não termos amanhecido com a boca cheia de formigas.