Capitulo 5

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Brunna Pov

Estava arrastando a Ludmilla morro acima, até que me toquei, não sabia onde ela morava.

- Ei, aonde fica sua casa mesmo? - ela soltou uma risada e eu parei de caminhar só pra olhar.

- Bem mais pra cima, princesa. - piscou o olho e então passou a me puxar.

Cheguei à conclusão que era realmente bem no topo, literalmente no topo do morro do Alemão, era uma bela casa, quase uma mansão, e quando entramos pelos portões, pude observar que o grande muro escondia uma bela piscina, área para churrasco e uma porta de vidro, mal passamos por ela e vi Ludmilla desviar de algo e me puxar junto, era um chinelo, junto dele uma mulher gritando inúmeros palavrões.

- Você tá louca garota? Sai as 9:30 da manhã pra comprar pão e volta agora? Quer matar sua mãe do coração Ludmilla? - primeiro ela deu uns tapas, depois abraçou a Ludmilla e falou algo em seu ouvido, pude ouvir Ludmilla pedindo desculpas pelo susto, e no fim, resolvi me manifestar.

- Hm, me desculpa... - deixei no ar até que me olhassem e que a mãe dela me disse-se seu nome.

- Silvana - ela falou.

- Me desculpe dona Silvana - continuei, lhe estendendo a mão - Sou Brunna, meu amigo Erick mora por aqui, eu estou na casa dele, ontem eu e a Ludmilla nos conhecemos e hoje ela foi até onde eu estava, me convidar para tomar café, infelizmente acabamos deitando e pegando no sono, não era minha intenção lhe causar preocupação - fui sincera e pude vê-la abrir um sorriso quando me apresentei, puxando minha mão para um abraço.

- Oh você que é a Brunna - abriu outro sorriso, maior, e me soltou do abraço. - Fique tranquila, Ludmilla as vezes faz dessas, mas é um prazer te ter em casa, está com fome? Quer algo? - disparou perguntas e antes que eu respondesse, Ludmilla tomou frente.

- O mãe a gente ainda não comeu nada não - ela tirava os tênis.

- Você leva esse chulé agora pro seu quarto e aliás, aonde é que tá o pão que eu mandei você comprar? - Ludmilla fez uma carreta e eu soltei uma gargalhada, chamei atenção é claro.

- Na pressa de virmos acabei arrastando ela sem os pães dona Silvana. - me declarei culpada e vi o olhar agradecido da Ludmilla.

- O meu bem, tudo certo - sorriu meiga - Oh Marcos! - gritou.

- Oi mãe - o mesmo garoto da noite anterior apareceu, descendo as escadas com cara de sono.

- Vai na padaria e compra algo de bom pro café da tarde, temos visita, vou fazer um bolo - em câmera lenta, vi os olhos de Marcos e Ludmilla brilharem juntos e em sincronia.

- Você vai fazer bolo mãe? - foi em sincronia que eles fizeram a pergunta também.

- A surdez agora é compartilhada? - segurei o riso - Sim, eu vou, agora, você busca o pão, Ludmilla vai deixar esses calçados no quarto - ela apontava, até que me olhou e sorriu meigo - e você Brunna fica a vontade querida.-  assim que falou saiu resmungando sobre algo.

Ludmilla e Marcos me olhavam, até que devolvi o olhar e ela fez sinal pro andar acima, passamos por um Marcos ainda me olhando, fiz um aceno e peguei a mão que Ludmilla me estendia.

A casa era grande por dentro, mais do que achei ser possível, o quarto dela era na última porta, espaçoso até, tinha uma cama de casal, um roupeiro grande, televisão de alta qualidade, uma escrivaninha e muitas fotos. Fiquei olhando em volta, todos os tons eram divididos entre o clássico, branco, preto e cinza, totalmente ao contrário do meu próprio quarto, mas aconchegante.

- Gostou? - Ela perguntou, foi então que reparei, ela tinha trocado os tênis por pantufas, apesar do calor, além de uma camiseta mais larga, incrível como combinava com ela e a deixava mais bonita.

Fora da Lei  - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora