Eu podia ver a dor em teus olhos pelo espelho.

Eu podia sentir o teu pesar em cada gesto calculado.

Eu podia ouvir teu sofrimento em cada palavra sussurrada.

Eu te via ali, sozinha, sofrida e agoniada, todos os dias. Era como se teu cansaço fosse incansável.

Tu choravas pela pressão que entortava tua coluna e o fardo que apertava teus músculos.

E, cansada de ver-te sofrer, te dei meu exemplar surrado de O Pequeno Príncipe, encontrado no fundo da gaveta da cômoda na sala de jantar, em um dia nublado. Para que tu aprendesse a lição.

E tu o fez.

Eu te vi sorrir pela primeira vez.

Mas teu sorriso não chegou aos olhos.

E, no dia seguinte, te dei um lampião que achei no porão do meu avô. Para que tu aprendesse a lição.

E tu o fez.

Te vi sorrir pela segunda vez.

Em teus olhos vi um brilho. Mas teu sorriso ainda não tinha chegado lá.

E então, cansada de sofrer pelo teu sofrimento, eu te dei um girassol, para que tu aprendesse a lição.

E então, como que por um milagre, tu aprendeu a lição.

Juntou meus presentes e levou-os em frente ao espelho.

Ali tu chorou, uma última vez. E sorriu verdadeiramente pela primeira. Teus olhos sorriam mais que teus lábios e o brilho neles superava o sol.

Era como se, ali, tu se fizesse um arco-íris. A luz do teu sorriso refletindo nas tuas lágrimas te mostravam uma exuberância que mais tarde tu chamaria de superação.

Tu finalmente entendeu que o essencial é invisível aos olhos. Que podemos e devemos enxergar além do que a vista permite.

Tu aprendeu que pessoas grandes são chatas e que cativar significa criar laços.

Tu acendeu o lampião, mesmo sendo de dia. E viu que tem adoração pela luz. Entendeu que tu és iluminada.

E que, nas tuas noites, a Lua está sempre ali, refletindo a luz do Sol que dorme e se faz bela à noite.

O Sol está presente mesmo em sua ausência. Tua luz se faz presente quando tudo está escuro. E tu aprendeu.

Por fim, tu saiu de frente do espelho e pôs-se a plantar o girassol, sujando tuas unhas de terra e sorrindo ao ver a plantinha presa ao solo.

Tu aprendeu que a luz é sempre mais importante. E que é para lá que devemos olhar.

É ali que a tua felicidade se encontra.

No teu brilho.

Na tua luz.

Na tua força.

É ali que tu encontrará a tua superação.

Oi Estrelinhas!

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Oi Estrelinhas!

Só pra esclarecer: essa semana/semana passada foram um pouco complicadas pra mim (emocionalmente falando) e ontem minha mãe me falou umas coisas que me fizeram perceber que preciso mudar.

Talvez esse texto não faça muito sentido pra vocês, mas tem um significado imenso pra mim.

Eu escrevi isso mais para mim do que para vocês, me desculpem o breve egoísmo. Não me martirizarei dessa vez.

É por isso que esse texto não tem nome de constelação. Mas carrega consigo a minha palavra favorita.

É isso. Espero que tenham gostado.

See you asap!

Plantem flores e amores. Sejam luz (e arte).

Love you!

Beijos brilhantes como as constelações que eu colecionei ♡♡♡

As Constelações que ColecioneiOnde histórias criam vida. Descubra agora