Solidão.
É quando o único a me ouvir chorar é o pôr do Sol e as estrelas as únicas capazes de aguentar minhas lamúrias desconexas.
É quando eu aceito, finalmente, a tua ausência, mesmo que ela ainda se faça um mistério em minha mente e entendê-la é a minha árdua tarefa diária.
É o motivo do meu relento à beira de palavras sofisticadas e cafés amargos que não satisfazem meu paladar.
É o que me foi proposto.
É o que eu não pude evitar.
É o que me acorda de madrugada e me faz brotar lágrimas nos olhos.
É o que me faz adoçar meu chá de um jeito exagerado, consigo ver-te torcer o nariz ao imaginar-te a bebê-lo.
É o que me deixa desconfortável nos mais caros sofás e desaconchegada na mais requintada poltrona.
É o nó apertado que se formou no meu peito pela falta do teu abraço.
É a erva daninha que matou as minhas flores.
It is the poison in my mind, the one that kills me slowly.
A solidão que me invade nas manhãs de domingo e nas noites das quartas é o que sobrou das promessas vazias que me foram feitas quando pequena. Eu cresci acreditando nelas e o que me resta agora é lidar com a desilusão.
Desilusão que para ti se faz humorística enquanto eu finjo sorrir, incrédula com minha burrice. Na verdade, acredito que o termo apropriado seja inocência. Soa mais doce.
De qualquer forma, tu se fez diabético diante da minha doçura e eu te culpo em silêncio, vendo que não quer fazer qualquer mínimo esforço para buscar a insulina.
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As Constelações que Colecionei
ŞiirPoesias que descrevem sentimentos. Sentimentos que faltam com a razão. Razão que perde para a emoção. Emoção que se resume ao sentir. E o sentir é tudo, afinal.