18.Facing fears. Part.1

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03 de Janeiro de 2015. - Primeiro ano da faculdade.

Era madrugada fria no dormitório de Columbia. Apesar da friagem, a neve lá fora era mínima cada dia mais limitando os pequenos e desleixados bonecos de neve do Campus e permitindo que os estudantes permanecessem do lado de fora sem o perigo de morrerem congelados com as constantes geadas. No dormitório 78, a luz encontrava-se apagada e o lugar era iluminado pela luz do luar que invadia a janela aberta; Ed Sheeran era reproduzido pelo Iphone esquecido no chão entre o amontoado de casacos e malas. Na cama, dois corações batendo em um mesmo ritmo, corpos um sobre o outro, pernas entrelaçadas e a cabeça de Carol descansando preguiçosamente na curva do pescoço de Day na parte de baixo do beliche.

Já compartilhavam essa mesma posição há quase uma hora e meia esperando por Nath - que por ventura estava na casa do namorado -, para que pudessem enfim, partir à Miami. Isaias ficou relutante com a viagem da filha, conhecia o suficiente dos Limns pela boca da nora para saber que sua filha não seria bem vinda à casa da família se soubessem sua real condição. Day explicou que elas agiriam como amigas para o bem das duas, seria apenas como um teste, e assim, sua irmã Aline também conheceria Carol.

- Eu amo o cheiro do seu pescoço. - a voz da mais nova saiu abafada na pele de Day. - Esse é o meu lugar preferido no mundo inteiro, tanto que é onde vou morar a partir de hoje. - brincou distribuindo beijos arrastados na pele dela

- Você não pode morar no meu pescoço, princesa. - Day riu abraçando mais ainda seu presente divino. - Pensei que nossa casa seria o rancho que vamos comprar...

- Day! Às vezes é melhor manter-se com essa boquinha linda fechada a estragar meus momentos de fofura, ok?

A morena ergueu as mãos em sinal de defesa e recebeu uma mordida na clavícula como punição pelas gracinhas.

- Canibal

- Sem graça

- Você e minha irmã vão mesmo se dar bem, ambas contra mim o tempo todo. - suspirou e bagunçou o cabelo de Carol.

Carol levantou o rosto ficando na altura do de Day a olhando com um sorriso tímido e ao mesmo tempo apaixonado nos lábios, era assim que ficavam quando tiravam alguns segundos apenas se encarando, ambas não acreditando na sorte que tinham de se pertencerem.

- Acha mesmo que vamos nos dar bem? Digo, Aline deve estar passando por um momento difícil e eu não sei como agir com uma mulher grávida... Day riu e forçou a cabeça da namorada a voltar ao seu pescoço.

- Aline tem apenas dezessete anos, ela continua sendo uma adolescente normal e irritante. - suspirou. - A única diferença é o bebê crescendo dentro dela e a reclusão com nossos pais. Mas sei que ela vai gostar de você de primeira, que pessoa no mundo não se apaixona pela minha menina?

O coração de Carol disparou com o comentário inocente.

- Estou com medo dos seus pais. - disse incerta, com medo de ser repreendida pela namorada por falar assim de seus pais.

- Eu sei. Desculpe não poder fazer mais que isso. Eu queria ser forte o suficiente par-

- Hey! - o dedo indicador de Carol selou seus lábios .

- Não diga que não é forte, nunca mais, entendeu? Você nos assumiu para Juilliard e me pediu em namoro oficialmente aos meus pais, e isso é mais que o suficiente para mim. Sei que as coisas com seus pais não vão ser fáceis, mas eu confio em você quando diz que vamos fazer isso dar certo, temos uma vida inteira para contar a eles. - riu beijando os lábios macios de Day. - Eu te amo e sou muito orgulhosa de quem você é.

The Red Hair (dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora