Capítulo 4: Eu vou te encontrar.

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— Então... O que você vai fazer agora? – Após a longa discussão que tiveram, Lince questionava o objetivo que Barry deixara velado.

— Eu li no blog de uma jornalista que salvei a pouco que há registros de pessoas flajeladas, com cortes sobre todo o corpo. Ela acha que são reféns torturados ou uma seita, mas eu sei muito bem quem eles são. Hoje, eu vou atrás de um conhecido meu e fazer o filho da puta pagar por ter nos trazido para este inferno. – Disse ele com convicção enquanto se equipava.

— E você sabe onde ele está?

— Não, é por isso que vou sair para investigar. Além disso, você consegue sentir as pessoas né? Você fez isso há algumas horas atrás.

— Não se funciona como você imagina, mas eu posso tentar.

— Aliás, como você fez pra entrar na minha cabeça daquele jeito?

— Bem, eu tenho um vínculo com você agora. Além de sentir onde está, posso me conectar mentalmente contigo.

— Show! Vai ser muito útil. – Barry dera a última palavra, travando o pente dentro de sua pistola.

Ele se dirigiu até seu veículo, relembrando-se da velha rotina que fazia. Sendo acompanhado até a saída pela nova companheira, montou em sua moto e esperou a porta abrir.

— Não quer que eu vá com você? Pode não parecer, mas eu sou muito útil em combate.

— Obrigado, mas não quero envolver uma gentil dama no serviço pesado. – Gracejou levemente. — Além disso, o que vou fazer hoje é algo bem pessoal.

Gênesi arrancou com a moto, a empinando um pouco para não perder seu estilo despojado.

Era, precisamente, 17:56. O sol iria se pôr logo, mas isso não é relevante. O vento morno que vinha de encontro a ele fazia sua capa esvoaçar, lhe devolvendo sua valorizada essência. E assim continuou ele por demorados minutos, sem encontrar uma alma viva sequer. Contudo, após meia hora, aproximadamente, avistou um bando saqueando uma loja de conveniências. Eles riam ao passo que quebravam os artefatos do comércio, engrandecendo um comportamento bárbaro. Barry tão logo parou sua moto em frente ao local, e na mesma rapidez, interceptou o grupo.

— Com licença, eu quero pedir uma informação.

Os infratores olharam em um único instante para o jovem herói em sua pose nada imponente.

— Caralho, é o Gênesi!! – Um deles gritou assustado.

— Olha só. É uma honra ser tão conhecido assim.

Mesmo sem demonstrar ser uma ameaça, dois dos quatro bandidos sacaram pistolas enferrujadas para tentar amedrontá-lo.

Qualé, precisa disso? Eu não os culpo por tentar se aproveitar do caos que a cidade se tornou, mas vocês já mostraram que são perigosos.

Sem ao menos uma brecha para reação, Gênesi avançou num dos armados e agarrou a gola da sua camisa surrada, então, o jogou para fora da loja, fazendo a queda ser bem dolorosa. Os companheiros arregalaram os olhos, levando os desarmados a fugirem no mesmo instante. Gênesi então encarou o homem, percebendo como tremia. Ainda sem parecer ameaçador, foi se aproximando do cara. Ele recebeu como resposta dois tiros no peito, mas os buracos logo se fecharam, sem impedir que o rapaz continuasse a se aproximar. Fixou bem seu olhar sob o homem que era visivelmente mais baixo que ele quando chegou perto, e sem impedância, arrancou a arma de sua mão e a amassou com apenas uma de suas próprias mãos. Em seguida, riu de desdém, e então, empurrou o infrator para trás apenas com o dedo indicador, e o homem foi com violência, até cair no chão.

Gênesi - Queda em AscençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora