Tinha que ser o número dois?

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Estou cogitando a hipótese de está com câncer, é sério, até por que o mais engraçado é que depois que minhas paranoias aumentaram, os enjoos aumentaram juntos.

O caso é tão grave (de paranoias e enjoos), que eu faltei as aulas já tem dois dias, deixando assim três curiosos me ligando e mandando mensagem em cada um e um minuto. Eu tive que inventar que estava tão doente, que não podia nem receber visitas, por que querendo ou não eles querer me ver. Não vou mentir que eu ia adorar ser mimado pelo Jimin, que com toda certeza seria um fofo comigo, mas devido aos acontecimentos, eu deixo pra uma próxima, isso se existir uma próxima.

Porém, passar esses dias em casa estava começando a ficar chato, por mais que eu gostasse dormir e acordar tarde. Eu sou um homem de rotina, só as vezes que eu tendo mudar minha rotina quando ela já 'tá me desgastando.

Eu tava deitado vendo uns vídeos no meu celular né, quando me bateu uma vontade enorme de comer pudim de maracujá. Que até estava imaginado o formato, a textura, puta merda, deu fome só de pensar, então lá vou eu comprar pra matar meu desejo de comer pudim de maracujá, e olha que eu nem gosto, mas a vontade que eu estou me faz levantar da cama, vou comprar meu desejo.

[...]

Ok, eu fui a confeitaria comprar um pedaço e acabei comprando o pudim inteiro, e matei meu desejo de comer o que eu queria. Só que agora, eu estou na frente de uma farmácia, encarando a porta já tem um bom tempo, se eu estava com problemas de digestão, não seria mais fácil ir ao hospital? Seria, porém, com o pensamento que me veio naquele dia no carro do Jimin, não faz nem eu pensar em ir ao médico com medo do que ele possa me dizer.

Tomei coragem do ânus e entrei na farmácia, tinha uma senhorinha no balcão com um jaleco branco, agora era só ter mais um pouco de coragem parar o que eu estou prestes a fazer.

Andei por um corredor onde tinha várias besteiras e peguei uma barra de chocolate relativamente grande, passei pelo próximo corredor onde tinha o bendito teste de grávidez. Tinha de várias marcas e preços, eu peguei o primeiro que vi e juntei com o chocolate para disfarçar. Fui até a senhorinha que usa um óculos de grau que deixava seus olhos grandes e adoráveis.

- A senhora tem remédio para indigestão? - Perguntei tímido.

- Claro meu filho. Só um estante que eu já volto. - A senhorinha foi até uma prateleira com vários medicamentos. Eu coloquei o chocolate em cima do teste e suspirei. Olhei ao redor e vi algumas coisas no balcão, olhei para vários pacotes de camisinha e quis chorar.

- Se eu tivesse certeza que o Jimin se preveniu eu não teria que está passando por esse constrangimento. Mas também não posso perguntar isso a ele sem te que falar o motivo de eu pensar nisso.

Graças a todos os deuses a senhorinha pediu ajuda para colocar as coisas na sacola e não precisou olhar direito o que tinha. Eu teria morrido de vergonha. Apenas paguei por tudo e fui saindo o mais rápido possível, com medo dela achar que eu estava pagando pelo que não comprei mas na realidade ela que não viu o teste.

Na mesma velocidade que sai da farmácia, eu cheguei em casa, coloquei o pudim na geladeira e corri para o meu quarto. Meu irmão e meus pais ainda não tinham chegado, então só tinha eu e minha consciência em casa, o peso que meu peito sentia só pode ser comparado quando eu roubei a borracha da Jennie no oitavo ano.

Fui ao banheiro e li todas as instruções na caixinha. Eu só teria que mijar naquele negócio e esperar o resultado, dois risquinhos positivo, um risquinho negativo.

Se desse negativo, era só tomar remédio para indigestão e então os enjoos e mal estar iriam embora. Por que ainda tenho essa possibilidade de apenas ser paranoico o suficiente para achar que eu estou realmente grávido.

O Universo me odeia - YoonmimOnde histórias criam vida. Descubra agora