A Lenda de Kohan

Posfácio - Esperança

Após a investida da Kroatan ao castelo de Kohan, todos os envolvidos foram capturados ou mortos. Os que restaram foram queimados como traidores do império como um exemplo. Dias após estar gravemente ferido, o imperador voltou ao seu trono, curado como um milagre da deusa Eir. Até mesmo as suas feridas mais profundas foram saradas por um misterioso remédio receitado pelo seu cientista aliado, que passou a acompanhá-lo como Médico Superior pelo templo principal do centro do império. O cargo do novo aliado do reino foi concedido para ensinar suas práticas ao reino. Graças ao que ele fez ao império, muitos dos até então perseguidos pela coroa passaram a ser reconhecidos como essenciais ao reino, desenvolvendo remédios, arquitetando novas estruturas e evoluindo o armamento para que enfim pudessem ter uma chance contra os países que avançavam contra suas terras.

Mas já era tarde, todos os países vizinhos já haviam tomado quase que por completo seu terreno original. Wolfhi já havia conquistado sozinho mais da metade das antigas terras dos berserkers. O máximo que Kohan conseguiria seria frear os ataques. Nesse ritmo, apenas poderia manter as tropas inimigas longe de sua capital por mais alguns meses. Ainda com a derrota iminente, o rei continuava a defender o seu país.

Com as outras crises avançando juntas a Kohan, uma estranha doença floresceu. Algo que nem mesmo os mais experientes médicos conheciam. Os soldados começaram a cair com mais facilidade e suas feridas paravam de se regenerar. O povo encarava como uma maldição dos deuses, em resposta a atitude do rei, por retirar a condenação a todos que antes se escondiam nas sombras. Mesmo com a repressão da população e a deserção dos mais fracos, o cientista insistia em procurar pela cura. Ainda que procurasse em toda a sua grande biblioteca de livros e pergaminhos, ele não conseguia encontrar algo que já esperava por ele a oeste, na parte mais sombria da Floresta.