Capítulo 32

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[Lucy]

Acordo cedo como todos esses dias e vou para o banheiro, deixando um Noah emburrado para trás. Ele quer que eu volte para cama, já que estava me fazendo de travesseiro. Depois do que eu descobri e de ter visto Diego no hospital, eu pedi ele para dormir comigo, no outro sem eu pedir ele já estava em minha cama quando cheguei do hospital. Hoje faz uma semana que Noah invade minha cama a noite e nem posso reclamar, eu amo dormir com meu irmão e ele mais ainda, já que faz meu corpo de travesseiro e me esmaga toda. Saí do banheiro já vestida com uma saia jeans e cropped preto de manga comprida, cabelos molhados e como não gosto de deixá-los assim, liguei o secador fazendo Noah resmungar mais uma vez.

- Por que de todo esse barulho? Volta para cama.- Tampou os ouvidos com o travesseiro.

- Estou indo para o hospital.- Ele se sentou e olhou para mim preocupado e sei disso porque o conheço. Quando ele respira fundo, junta uma mão na outra e mexe no anel que está em seu dedo indicador da mão direita antes de olhar para mim com aquela cara séria, sei que está preocupado.

- Não está no horário de visita. Você sabe que só pode ficar 15 minutos com ele, porque o médico foi bonzinho e aumentou cinco minutos.

- Não mais. Ele melhorou e está indo para um quarto hoje. Então vai precisar de um acompanhante e eu me candidatei.

- Mas Lucy...- Não o deixei terminar.

- Calma, papai já falou comigo e já deixou bem claro que posso ficar lá com ele, menos passar a noite. Então volto para dormir com você.

- Me promete se alimentar direito?!- Noah é tão maduro para alguém de 16 anos, ele consegue ser mais maduro que o tio Dylan as vezes. Já o Nick gosta de aproveitar a idade dele com festas e garotas.

- Tá bom.- Terminei de secar o cabelo, fui até ele lhe dando um beijo na testa.- Volta a dormir, já estou indo.

Peguei uma muda de roupa e um casaco, porque agora pode está calor, mas o tempo muda toda hora aqui em New York.
Cheguei na cozinha e encontrei meus pais lanchando. Dei bom dia para os dois, ouvi as recomendações deles, lanchei e pedi para Matt me deixar no hospital.
Assim que chegamos lá, ele já estava saindo do carro para me acompanhar, mas o impedi.

- Não precisa ficar aqui comigo, Matt. Estou segura aqui. Prometo que não saio de dentro do hospital e quando eu quiser ir embora te ligo na hora.

- Pequena.

- Nada de "Mas", pode ir para casa ficar com seu filho. Falando nisso, estou com saudades do Juan, quando vai trazê-lo para eu mimar ele outra vez?!- Já tem um mês que ele levou o filho dele lá em casa, Diego e eu ficamos apaixonados com aquela fofura

- Prometo que quando tudo estiver bem, Diego estiver melhor, levo ele lá.

- Tá okay. Pode ir, não saio daqui.- Dei um beijo nele e entrei.

Falei com alguns enfermeiros que estavam cuidando do Diego, passei pelo médico que está responsável por ele, para saber como ele está. Graças a Deus ele está melhor e pode tirar a máscara de oxigênio.
Assim que terminei de falar com o Dr. Reymond, fui para o quarto do Diego. Olhando para ele, parecia que estava apenas dormindo e iria acordar em algumas horas, mas não é bem assim.

Me sentei do seu lado, peguei em sua mão, que estava gelada por causa do ar-condicionado, entrelacei nossas mãos e fiquei por muito tempo apenas olhando para seu peito, que subia e descia com sua respiração.

- Ei, eu tentei ficar com raiva de você, mas não consigo. Já te contei que foi meu primeiro amor né?! Deve ser por isso. Se você estivesse acordado, ia falar que foi um primeiro e será o último.- Ri me recordando de um dia que ele soltou essa frase.- Já não acha que dormiu o suficiente não?! Você não é a bela adormecida e mesmo gostando de contos de fadas, não acredito que com um beijo meu, você irá acordar.- Será? Não acredito que estou duvidando ainda.- Não custa nada tentar né?!

Última chance (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora