Viver isolado do resto das pessoas era uma tarefa fácil para Lorenzo Bitencourt. Pelo menos até a chegada de Ayla. Contrariando tudo e a todos, o destino dos dois parece insistir em se cruzar, mesmo contra todos os esforços de ambos.
Enzo não fazia...
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Fechei os olhos, sentindo a brisa bater em meu rosto, respirei fundo, deixando o ar fresco entrar em meus pulmões. Sentia a grama contra minhas costas nuas, o calor do sol em minha face, o aroma adocicado e refrescante da floresta. Por fim, senti seu toque em minha bochecha, seguido de um breve tocar de lábios em minha testa. Sorri, abrindo os olhos. Ela ficou de pé, seu vestido branco e rodado esvoaçava para todas as direções. Ayla sorriu, girando em seus calcanhares, incessante e serena. Levantei-me, indo a seu encontro e tomando-a pela mão. Gargalhamos, dançando ao ritmo do vento e do cantar dos pássaros. Ela era leve como uma pluma, enquanto se movia junto a mim. Não emitíamos sequer uma palavra, apenas rodopiávamos. Corpo no corpo, olhos nos olhos. Encostei meu rosto ao seu, nossas peles se tocando, arrepios percorrendo nossos corpos enquanto aproveitávamos cada momento intensamente. Nós giramos rápido demais, e caímos na grama macia. Eu caí por cima dela, de modo que não poderia perder a oportunidade. Beijei-a carinhosamente, permitindo que todos os meus sentimentos sobre ela se manifestassem no gesto. Acariciei sua face com o polegar e ela sorriu singelamente. Depois, cheirei seu pescoço, depositando um beijo ali também. — Sabe — sussurrei — Em menos de um ano você conseguiu ser promovida a dona do meu coração — deslizei os lábios pelo lóbulo de sua orelha. Ela riu baixinho. — E o que eu ganho com isso? — sussurrou em retorno. — Todo a minha proteção, paixão e carinho — brinquei com uma mecha de seu cabelo — Hmmm — fingiu ponderar — Parece bom — riu. — Sim — sorri, tornando a beijá-la. — Enzo? — seus olhos me consumiram — Você é muito importante para mim. — E você para mim.
A vida é muito mais que sobreviver, é viver cada momento de forma especial, é ser todas as boas versões de si mesmo e se permitir errar, sabendo que é humano. A vida é se levantar, cair, rodopiar, deixar-se levar. A vida é apaixonar-se, amar até que doa, e quando doer, curar-se no amor. É seguir sem olhar para trás, ou voltar alguns passos quando necessário. E mais importante, é sempre sonhar e persistir, até que os dias se esvaiam e os olhos não se abram mais. Viva cada segundo, faça diferente, seja tudo o que você quiser, sem deixar de ser você.
