Dream - Jikook

Edward.

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  Bem, aquela seria a primeira noite longe de tudo, o hospital parecia uma mansão, vários quartos em um corredor só, as portas coloridas de ferro, umas desenhadas, outras não, paredes brancas, o chão era da mesma cor, cada quarto havia duas beliches, dois guarda-roupas de um bom tamanho, um banheiro sem espelho, havia apenas uma pia simples, um vaso sanitário e um chuveiro.

  Nada de objetos cortantes ou cordões de tênis, calças ou moletons, os tênis são brancos ou pretos e com velcros ou elásticos, assim como as calças, nada de botões também.

 O lado bom disso é que eram tantas coisas naquele lugar que mal conseguia ficar entediado, durante o resto da tarde de domingo, fui apresentado para todos, me levaram para conhecer todas as atividades e salas para atendimentos e também me explicaram como funcionava tudo ali.

  Uma coisa que me atraiu muito foi a sala de arte, na verdade não era uma sala, parecia uma outra casa com varias portas que levavam a outros lugares, nas portas haviam placas com determinados trabalhos, como: Pintura, Teatro, Música, Dança e um salão.

  Nesta tarde, eu fui a sala de pintura, a professora, também formada arte terapia instruiu todos os presentes ali, para fazermos algo que amamos, queremos e usar cores que expressam nossas emoções. Era tudo muito novo e ali descobri um talento. Sobre minha tela havia alguns balões que já estavam desenhados, mas eu achei que ele representaria muito bem o que eu quero, que é a liberdade, me libertar dos pesadelos que me prender e poder voar na vida como eles. Eu o finalizei e daria ele a Jungkook como um simples presente de natal.

  Depois, voltei ao meu quarto, pois as alas eram fechadas e só podíamos sair novamente no outro dia, já havia jantado no refeiótrio, não falei com ninguém, mas acredito que aos poucos as coisas mudariam.

 (...)

  Talvez dormir sem Jimin estar ao meu lado não fosse tão bom, assim que cheguei em casa, já morria de saudades dele, mas só o veria na terça por algumas horas, não poderia ficar parado pensando em Jimin, então fui para o escritório e trabalhei, estou desenvolvendo um novo software e quero que ele seja inovador e que me faça ganhar muito dinheiro, para isso, tenho que ralar. Amanhã iria ao escritório, assinar os papéis pendentes dos colaboradores e depois encontrar Namjoon para resolvermos a questão sobre Kim Kwan.

  SeoKJin havia me mandando uma mensagem dizendo que amanhã veria Jimin e se eu não queria mandar algum recado, mas como eu mandaria um beijo a ele? Bem, respondi a mensagem e disse para ele dizer ao meu amor, que eu estava morrendo de saudades, o que era uma grande verdade, comer sozinho ou estar sozinho era ruim, a casa parecia maior, mais quieta e não havia nenhum loiro baixinho dizendo para mim colocar as roupas na lavadora ou para parar de deixar minhas coisas espalhadas pela casa. Sei lá, o jeito que parecemos casados é diferente.

  Falando em casamento, adicionei esse ato em minhas lista de desejos para o próximo ano, quem sabe. Parecia um bobo sorrindo agora, imaginando Park Jimin, entrando com um belíssimo terno branco sob um tapete vermelho em algum salão decorado com suas flores favoritas. É, talvez eu o ame mais do que ele possa imaginar, assim como desejo. 

  Eu queria tanto vê-lo agora e conversar com ele sobre tudo isso que está passando em minha mente e no final lhe dar um beijo de boa noite e ter o melhor sono possível.

 (...)

  A terça começou, com um sinal soando extremamente alto para todos os internos despertarem, olhei no relógio digital que tinha colado a porta e era sete horas da manhã, escovei os dentes e fiz tudo o que faria se estivesse na casa de Jungkook, dormi bem até, pensei até que acordaria com Jungkook me chamando mas aí me lembrei que eu estou em uma clínica de reabilitação psicológica.