Merry Christmas, Shivani! - part 2

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Los Angeles,
10:00 PM.


Noah




   Cara, como o natal é mágico. Me sinto abençoado todas as vezes que essa data chega porque é o momento de estar com a minha família. Sou suspeito -óbvio- pra falar de todos eles mas, man, como são incríveis. Acredito que o natal é o momento de pararmos, respirarmos e só agradecer. Não importa como seja a sua ceia, não importa se a sua árvore de natal está repleta de presentes ou não, apenas, agradeço. Seja grato.
  Costumamos todos comemorar o natal em Atlanta, onde, a minha avózinha paterna mora. A família toda viaja quilômetros para se reunir, trocar presentes, comer bem, gargalhar e agradecer pelo nascimento de Jesus. Mas, dessa vez, os planos mudaram porque todos irão vir para a minha casa aqui mesmo em Los Angeles. Minha mãe comenta isso desde outubro e bom, só por isso vocês conseguem perceber a animação dela, certo?
 
  Desço as escadas correndo e no mesmo segundo ouço ela reclamar por isso. Gargalho e vou até o seu encontro;

- quando disse que iria matar a minha saudade, quis dizer literalmente, dona Wendy! - digo, lhe abraçando apertado

- ir pro hospital porque você quebrou os braços e pernas não faz parte disso! - ela diz, um tanto brava - descansou, meu amor?

Rodo pra sua frente no meu melhor estilo e dou um pulo alto;

- sim! - abro um sorriso - é bom matar a saudade de tudo. Ainda mais agora que estou morando sozinho...

  A minha ida pro NU foi bem difícil pros meus pais. Apesar de sempre amar cantar e até mesmo ter tido uma banda, a proposta do grupo fez os dois ficarem receiosos. Iriam soltar o filho literalmente pro mundo e passar dias e dias sem ele. Bom, com o tempo obviamente tudo foi entrando em seu devido lugar e hoje eles amam tudo. Minha mãe inclusive vira e mexe viaja em turnê ao nosso lado. Enfim, no final de tudo apesar dos vários países, dias ou ate meses fora, o meu refúgio sempre era aqui. Mas, agora, as coisas mudaram porque eu consegui comprar o meu tão sonhado apartamento e a quase três semanas estou morando sozinho nele. Está sendo um pesadelo pra minha mãe. Chega a ser engraçado porque apesar de repetir que preciso desse processo pra ajudar cada vez mais no meu amadurecimento, ela não concorda. Não importa se já tenho vinte e um anos e consigo me virar bem ( quer dizer, na medida do possível pra um cara solteiro) pra ela é como se eu tivesse pra sempre dez.

  Mas okay, okay, não estou reclamando e de certa forma a compreendo. E, já prometi que virei todos os fins de semana pra cá ser o Noah que ela e o meu pai merecem ter ao lado.

- se você quer ter um natal tranquilo ao meu lado, por favor, não me lembre disso, sim? - ela revira os olhos e coloca a forma com o peru no forno - você sabe o quão é difícil e eu não quero chorar... - percebo os seus olhos começando a marejar.

- ah não, mãezinha! - lhe puxo pra dentro dos meus braços - não chora! Oh - me Afasto e olho em seus olhos - não vou mais tocar nesse assunto, ta? - sorrio

- ta...

Volto a abraça-la e dessa vez, deposito um beijo demorado em sua bochecha;

- te amo! E você precisa ir até o restaurante pegar as tortas de maçã que eu encomendei mais cedo, por favor! Daqui a pouco a família estará toda aqui!

- tudo bem! - estico a mão pra alcançar a chave do meu carro - volto logo! - volto a beija-la

- toma cuidado! Promete?

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