Hello,kids.

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Sinto calafrio.

O único barulho no pequeno cômodo são as nossas respirações baixas. Aperto a mão de Bailey com força.

A porta é aberta,fazendo um homem surgi do outro lado. Ele é alto,mais velho e...tem um olhar sombrio. Encaramos ele.

- olá,crianças! - ele diz,e sorri. Um sorriso...tenebroso. - o que devo a visita?

- desculpe, senhor. Estávamos explorando o hotel e...e acabamos aqui! Mas,já estávamos de saída! - Noah diz,e da um passo em direção a porta,fazendo nós três fazermos o mesmo.

- calma! - o homem diz,baixo. - tão cedo? Mas...nem sequer nos apresentamos! - ele ri,a mesma risada que ouvimos minutos atrás. - vamos,se apresentem pra mim!

- senhor,por favor,só queremos ir! - Bailey sussurra.

- Mas eu disse que não! - ele grita, fazendo nós quatro nos assustarmos. - hahahahahaha, perdão... Não quis ser rude. Mas,pensem comigo! Vocês entram na minha casa e não querem nem sequer se apresentar! Podemos tomar um chá enquanto isso! - ele sorri,e caminha até nós em passos pequenos. - hummm...são todos norte- americanos? - ele para na minha frente. Seus olhos encaram os meus me fazendo sentir calafrios. - você,doçura,da onde é? - me pergunta,segurando em meu queixo e o erguendo.

- solta ela! - Bailey grita e avança sobre ele,lhe empurrando com muita força. O homem bate as costas na parede e grita. Logo em seguida,seus olhos são fechados, e ele então, volta a sorri.

- tudo bem,eu o perdôo! - ele diz a Bailey. - vamos,crianças! Hora do chá!

O homem sai do cômodo saltitando como se fosse uma criança.

- me sigam seus bobos!

O seguimos em silêncio ate o cômodo principal, aquele em que estávamos minutos atrás. Paramos do lado de uma estante vazia e o observamos. Ele caminha até outra estante em nossa frente e a abre, retirando dela cinco xícaras de porcelana. Elas são colocadas por ele em cima de uma pequena mesa e logo em seguida,ele volta pra estante, voltando dessa vez,com um bule.

- sabe, eu sempre deixo pronto caso visitas dêem o ar da graça! - ele nos diz,enquanto despeja o líquido sobre as xícaras - nunca vem...mas,eu não perco as esperanças! Geralmente elas nunca vem ate mim,sabe? Eu que sempre saio atrás delas...me sinto lisongeado por terem vindo dessa vez! - ele sorri.

Sinto cada vez mais calafrios.

Volto a observar o ambiente,em busca da outra pessoa que ouvimos atrás da porta. Ela simplesmente sumiu.

- nós não queremos nada! - Noah diz,alto. - nós vamos embora agora! - grita,pegando na mão de Sina e a puxando até a porta.

- vem,Shiv! - Bailey diz,e segura em minha mão,também me puxando.

Corremos todos e paramos de frente a porta. Bailey gira a maçaneta e nos encara.

- ta trancada! - ele diz,surpreso. - ele nos trancou!

- você é louco?! - Noah grita a ele.

- nos deixe ir embora! - eu imploro

- moço, por favor...não mexemos em nada! E...e...e também...entramos aqui sem saber de nada! - Sina fala aos prantos.

O homem sorri,maneando a cabeça pro lado.

- é muita falta de educação a visita ir embora assim! -ele caminha ate o seu lado esquerdo - depois do sono conversamos melhor,certo?

Sono?

Nos olhamos.

- o que quer dizer? - Noah franze o cenho.

O homem olha pra parede ao seu lado e toca em uma caixa preta.

- bons sonhos,crianças.

Uma fumaça começa a sair do teto. Começamos a gritar sem entender nada.

- o que é isso??? - Bailey grita e corre em fúria até ele.

Observo a fumaça em cima de mim,sentindo o meu corpo pesar. Ouço um barulho e percebo Sina caida sobre o chão. Grito. Grito o mais alto que posso,mas,não consigo ouvir nada. Começo a chorar. Olho pra Bailey e o vejo caido no chão. Entro em desespero. Noah se ajoelha no chão e balança Sina. Ele me olha assustado e então, também desmaia ao lado dela.
Olho pro homem e ele sorri pra mim,começando a piscar lentamente. Sinto as minhas pálpebras fechando...

Eu não posso desmaiar!

- não...- grito,mas nada ouço.

Volto os meus olhos pro homem. Ele contínua sorrindo.

- durma,querida...- leio os seus labios.

Meu corpo amolece e eu fecho os meus olhos, sentindo a minhas costas bater com força sobre o chão.

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