Uma mãe mais experiente que eu me disse, numa das visitas que eu fiz à grande incubadora coletiva sayajin:
– Olhando seu bebê? – eu assenti e ela completou – A única época tranquila na vida de uma mãe é essa, querida, quando eles estão ali flutuando placidamente. Quando ele sair, prepare-se para se preocupar sempre.
Eu fiquei um pouco irritada, mas não disse nada. Achei um comentário tolo e desnecessário, mas depois, acabaria entendendo o que ela quis dizer, e concordando com ela. Na incubadora, Raditz já chamava atenção por ser muito maior que qualquer bebê da mesma idade. O médico me disse, então, um dia:
– Vamos precisar retirar seu filho alguns meses antes, porque ele já tem tamanho e peso de um bebê de dois anos, apenas com um e meio. Parabéns, ele já tem um poder de luta de 350. Provavelmente será um sayajin guerreiro.
Eu deveria estar orgulhosa, mas só conseguia sentir medo, Se Raditz fosse muito forte, poderia ser selecionado para a academia imperial, e isso significava ser separado de mim aos 5 anos, e começar a sair em missões ainda criança. E isso me apavorava.
Quando ele foi retirado da câmara e acordou, me olhou com aqueles olhos vivos, grandes e intensamente pretos, muito sério para um bebê de um ano e meio. A enfermeira me entregou ele e eu fiz um carinho naquele cabelo longo e cheio dele, exatamente como o de meu pai e, de repente, ao sentir meu carinho Raditz abriu um sorriso enorme e meu coração pulou no peito de amor. Não importava o poder de luta dele, enquanto estivesse comigo, seria apenas o meu pequeno sayajinm.
Dessa vez, Bardock estava em missão num sistema solar muito mais próximo, Arada, com seus 13 planetas dos quais apenas um era habitado. Mas era um planeta gigante, com uma gravidade maior que a de Vegetasei, um enorme desafio para a tropa, e o combate durou quase três meses. Quando terminou, Bardock pôde fazer uma ligação com imagem, uma vez que o sistema era bem mais próximo e a imagem podia ser transmitida com mais facilidade.
Me postei diante da tela de emissão e transmissão com Raditz. Ele já estava há um mês comigo e eu estava afastada das minhas atividades até ele completar seu segundo aniversário, quando eu poderia passar a leva-lo para ficar num espaço de cuidado enquanto eu trabalhasse. Raditz olhava para a tela, curioso, quando ela brilhou e a imagem de Bardock apareceu.
Eu sorri para ele, mas, imediatamente, Raditz fechou a cara para o próprio pai e rosnou, como se fosse uma pequena ferinha. Eu olhei para meu filho chocado e disse:
– O que é isso, Raditz! Esse é o papai, eu tinha dito que falaríamos com ele hoje.
Raditz ainda não falava, mas me olhou de cara feia. Fomos interrompidos por uma sonora gargalhada, de Bardock, que disse:
– Então esse é o meu pequeno sayajin guerreiro? Protegendo a mamãe desse estranho na tela? Estou orgulhoso, garoto!
Raditz olhou para a tela, desconfiado, e Bardock começou a falar com ele, como num tom animado, dizendo:
– Vamos treinar, moleque? Treinar de verdade para ficar forte como um guerreiro sayajin de primeira classe? Papai chega logo e vamos brigar muito!
Nunca saberei se ele entendeu ou se foi o tom que Bardock usou, mas o fato é que Raditz abriu um sorriso e começou a tentar interagir com o pai, que, de repente, viu minha cara fechada e disse:
– Eu te disse ele seria um guerreiro, não disse?
– Eu não imaginava que ele começaria tão cedo a treinar.
– Quanto antes melhor, disse Bardock, sem esconder a sua animação.
Eu não consegui dizer nada, mas ele falou comigo, num tom manso e apaziguador:
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Sonhadora - A História de Gine
FanfictionGine, uma jovem sayajin não nasceu para o combate, mas vai mostrar que ser gentil não é necessariamente ser fraco e que a força interior pode ser maior do que o poder de luta