Voltei para a capital de Vegetasei com meu irmão Parsy e meus Tios Pota e Tato. Meus primos Mint e Pepper não haviam ido para a fazenda, mas dois dos três filhos da tia Pota, Beeto e Turnipo tinham ido conosco. A viagem de volta teve uma animada conversa com as recordações de cada um sobre Vovô Kakarotto. De repente, meu irmão lembrou-se:
- Gine... faltam dois dias para o seu 15 º aniversário!
Eu cocei a cabeça sem jeito. Havia um antigo costume sayajin de "apresentação" quando o jovem chegava aos 15 anos. Eu já estava preocupada o suficiente com o fato de ter de comparecer a um diretório médico público porque minha injeção havia vencido no dia anterior, mesmo que eu não tivesse feito nada de teor sexual e nem pretendesse fazer e porque meu irmão já havia me avisado que eu começaria a trabalhar no frigorífico 13 do nosso clã. Agora essa história de apresentação.
- Você pode chamar seus amigos da academia, sei que não os vê há muito tempo.
- Não acha esse costume meio bobo? Sei lá, a gente acabou de perder o vovô Kakarotto, uma festa de apresentação...
- Não seja tola, é bom, já vamos apresentar você na sua nova função no frigorífico. Eu não lembro o que você disse que queria ser...
- Porque eu não disse – eu respondi. Parsy me encarou meio receoso e perguntou:
- Vai querer controle de estoque, pode ser auxiliar do Mint,
- Não – eu o encarei e fiz meu melhor olhar de desafio – quero ser uma cortadora, porque ambiciono me tornar fatiadora, como meu pai.
Não apenas meu irmão, mas todos os meus parentes me encararam, com um ar de espanto. Cortadores desmembram tsurus esfolados pelas juntas, e essa havia sido a primeira função de meu pai, que era alto e muito forte. Mas eu sabia desmembrar um tsuru tão perfeitamente que meu avô me comparara exatamente com meu pai, dizendo que eu podia enganar com meu tamanho, mas era forte como uma novilha de tsuru. Meu irmão perguntou, apreensivo:
- Tem certeza, Gine?
- Absoluta. Lembra que você me disse que eu havia jogado fora meus anos na academia? Pois eles me deixaram muito mais forte do que eu pareço. E eu descarnava carcaças todos os dias na fazenda do vovô, e ele dizia que eu era melhor que o Mint, que foi o último que ele ensinou.
- Mint não descarna nem um Iak – confirmou tio Tato. – assim vai garantir logo um salario para manter-se numa unidade da colmeia, é essa sua vontade, filha?
- Ainda não, tio. Acho que posso morar com você e com tia Aspara por um tempo mais.
- Ótimo – ele sorriu – vai ser ótimo ter você conosco agora que Pepper começou a fase de internato na academia de ciências. Você pode ficar no quarto dela. E vamos aprontar uma bela festa de apresentação para você!
Então, meus primeiros dias na capital foram agitados. Corri para o posto médico para evitar que minha família pagasse a multa de responsabilidade sexual, mas não sabia que a aplicação de injeção também pressupunha um exame completo.
- É menos raro que você imagina ver virgens de 15 anos – disse a médica, que me lembrava a doutora Barn de um jeito bom, examinando minha intocada vagina enquanto eu morria de vergonha. Ninguém nunca havia olhado minhas partes íntimas. – Muitas moças não se sentem preparadas aos 14 – ela me disse, fazendo um gesto para que eu saísse da posição de exame, para meu alívio. Mas isso não a dispensa da próxima injeção – ela disse, alegremente, preparando minha prescrição para a próxima etapa. – ah, você pode se vestir.
Ela me deu alguns folhetos com instruções constrangedoras sobre como lidar com meu próprio corpo, que tinha sugestivos títulos como "descobrindo suas partes íntimas" e "preparando-se para a avalanche dos hormônios".
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Sonhadora - A História de Gine
FanfictionGine, uma jovem sayajin não nasceu para o combate, mas vai mostrar que ser gentil não é necessariamente ser fraco e que a força interior pode ser maior do que o poder de luta