Kakarotto

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Nota inicial: Eu gosto muito de partes da história de "Bardock, o pai do Goku", portanto, apesar de não ser Canon, vou colocar na história o golpe que ele leva do Kanassajin que dá a ele o dom da premonição, um pouco modificado. 

Bardock voltou ao espaço alguns dias depois do quinto aniversário de Raditz, que já estava na Academia Imperial mas pôde vir para casa para comemorar conosco graças ao privilégio de ser companheiro do príncipe. Depois da prova em que matou o saibaman, Raditz se tornou uma espécie de pequeno adorador e seguidor fiel do príncipe Vegeta, que, claramente, amava ser adulado.

Havíamos confirmado minha segunda gravidez e Bardock não perdeu tempo e encomendou uma pequena incubadora, como me prometera. Quando Kakarotto fosse retirado do meu útero eu teria o consolo de vê-lo num ambiente que não era a opressiva incubadora coletiva.

Quando fomos comprar o equipamento, o vendedor comentou que muitos soldados de alta classe estavam comprando suas incubadoras próprias, com medo que seus filhos nascessem muito fortes e acabassem enviados para planetas longínquos como acontecera ao filho do general Paragas ou fracos demais e fossem escolhidos como bebês de infiltração. E completou dizendo que o próprio Rei Vegeta havia decidido que faria isso com o segundo filho.

Quando voltamos para casa, eu fiz Bardock me prometer que não autorizaria o envio de Kakarotto como bebê de infiltração se ele nascesse com poder abaixo do potencial. Quase brigamos, porque Bardock disse que só se eu não o conhecesse pensaria que ele faria isso ao nosso pequeno. E, quando partiu para o espaço me disse que não se importava nem um pouco se Kakarotto fosse fraco, afinal, ele mesmo não nascera muito forte.

Então, Bardock viajou e, novamente, e, com Raditz na academia e ele no espaço, fiquei sozinha e me entreguei ao trabalho, para não pensar tanto na minha solidão.

Bardock estava no planeta Kanassa quando Kakarotto nasceu e foi posto na incubadora. Seu poder de luta não era grande, mas eu não me preocupei com isso. Mas, quando Bardock ligou, logo depois de finalizada a invasão a Kanassa, eu me surpreendi. Ele parecia preocupado, transtornado. Nunca o havia visto daquela forma. E me preocupei todos os dias, até ele voltar para casa, porque sentia a sua angústia.

Quando ele chegou, me pediu para ver Kakarotto, e eu o levei para o quarto onde nosso bebê flutuava placidamente alheio a tudo em volta no seu sono de bebê em suspensão. Bardock ficou um longo tempo contemplando-o e então disse algo que eu havia notado assim que ele nascera:

- Ele é igual a mim... – ele sorriu – meu filho é igual a mim...

Meu coração se encheu de ternura. Nos abraçamos e eu tive finalmente a coragem de perguntar:

- O que aconteceu em Kanassa, Bardock?

Bardock suspirou, e seu rosto se tornou sombrio. Então ele se afastou um pouco de mim e me disse:

- Eu encurralei um Kanassajin muito forte, um guardião de um templo da religião deles... dizem que alguns deles podem prever o futuro e o fato é que...

- O quê?

- Ele me golpeou na nuca e me disse que eu a partir dali começaria a ver o futuro... e veria o terrível fim da raça sayajin.

- E você acreditou nisso, Bardock? – eu me aproximei e ele me abraçou novamente, sem tirar os olhos do nosso pequeno menino. Então ele disse:

- A princípio, não. Mas o Kanassajin antes de morrer me disse que havia me escolhido porque eu já tinha um pouco desse poder e eu me lembrei de quando eu tive o sonho e pedi que você não fosse ao parque. O sonho havia sido muito real... muito preciso, eu via o palácio explodindo e os escombros atingindo o parque.

Sonhadora - A História de GineOnde histórias criam vida. Descubra agora