O eterno

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Eu nunca acreditei que quando morresse, continuaria. Mas continuei, para minha surpresa. Depois que meu corpo físico foi pulverizado, fui transportada imediatamente para um lugar onde me vi no meio de uma multidão imensa e interminável. A religião sayajin dizia que os grandes guerreiros, os que honravam a glória da raça, iriam para um lugar chamado "o eterno". Se o eterno era aquele lugar, poderia ser chamado de "eterno aperto", porque eu estava sendo comprimida por todos os lados.

- Ai! - Ouvi alguém gritar, uma voz conhecida. Olhei para o lado e vi minha prima Pepper. – Mas que droga! Eu tinha apenas vinte e quatro anos!

- Pepper? – eu perguntei. Não éramos mais que nevoazinhas esquisitas flutuando. De repente, senti meu corpo se formando, mas era diferente do corpo anterior... mais tarde descobri que se tratava de um corpo astral.

- Gine? – Pepper também apareceu, perto de mim. – Todo mundo morreu?

- Eu acho... eu acho que o planeta explodiu. – de repente, me dei conta. Se eu estava viva, Bardock também estaria! – BARDOCK? BARDOCK?

Minha voz se perdia no meio da multidão de corpos astrais que se aglomeravam à medida que iam aparecendo, e eles não paravam de aparecer! Me dei conta de que Vegetasei tinha milhões de habitantes, e que estar todo mundo ali ao mesmo tempo sem dúvida era péssimo. Agora eu via que eu estava num salão muito enorme, e provavelmente toda população de Vegetasei estava ali, aglomerada. Eu olhei para o lado e levei um susto. A rainha Okra estava bem do meu lado, e, pela primeira vez eu a vi sorrindo. Não sei se ela me reconheceu, mas ela perguntou:

- Morremos? – eu apenas sacudi a cabeça, em concordância e o sorriso dela se ampliou – quer dizer então que estou livre daquele monstro, finalmente?

O monstro só podia ser o Rei Vegeta. Eu não tinha certeza, mas sorri para ela e pus a mão no seu ombro, solidariamente. Pobre rainha, devia ter ansiado por qualquer tipo de liberdade por anos, e agora ficava aliviada por estar morta. Mas antes que eu pudesse falar com ela ou com qualquer outro sayajin, uma voz trovejante disse, lá na frente:

- Senhores, tenham paciência, um evento cataclísmico como o que vitimou seu planeta é sempre complicado!

Eu vi uma criatura vermelha enorme, do tamanho de um prédio, praticamente, e com chifres, não parecia com nenhuma raça que eu já tivesse ouvido falar e que usava uma roupa estranha. Era ele quem estava falando conosco e prosseguiu:

- Com um pouco de paciência vamos acomodar todos, de acordo com seu merecimento...

"Merecimento?" – pensei. Era estranho demais aquilo. Não combinava muito com a nossa religião... de repente o sujeito disse:

- Eu sou o senhor dos submundos, Emmah Daioh. De acordo com as regras do nosso Universo, aqueles que tiveram existências que contribuíram para a paz e a harmonia no seu mundo e no Universo como um todo, serão levados para os níveis superiores, e aqueles que provocaram caos, morte e destruição, conforme o grau do estrago provocado deverão ser encaminhados para os níveis inferiores, onde poderão esperar por uma nova chance de aprender a contribuir com o universo. Pode ser por alguns anos, séculos ou milênios. Vamos chamá-los pela ordem em que morreram...

Eu não gostei dessa história. De um certo modos, nós todos provocávamos caos, destruição e dor. Nosso mundo era dedicado a isso. De repente, o senhor Emmah Daioh chamou:

- Onde está o herói? Aquele que se colocou entre a destruição e o planeta – ele folheou papéis numa prancheta e gritou:

- Onde está o sayajin chamado... Bardock Naaranje?

- Aqui! – eu ouvi a voz de Bardock lá na frente e então, não me contive e gritei:

- BARDOCK!

Sonhadora - A História de GineOnde histórias criam vida. Descubra agora