Capítulo Sete

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O silêncio que se seguiu na sala era agonizante, ninguém sabia o que poderia ter acontecido. Mas eu sabia, e a certeza que ela pediu a safe por me ver na sessão crescia em meu peito.

Passaram-se muitos minutos, e não vimos mais Dom Hernandez. Murilo me convidou para irmos embora, e assim o segui do piloto automático.

Murilo falava o tempo todo, mas não me recordo de uma única frase.

Cheguei em casa decidido a conversar com ela, minha primeira providência foi cancelar a minha sessão com Joana.

Precisava colocar meus pensamentos em dia, foram horas deixando a água do chuveiro cair em minha cabeça, mas não conseguia reagir, o dominador em mim estava furioso por permitir esses sentimentos baunilha, que no momento me consumiam.

A raiva e o ciúme eram gigantes em meu peito.

Nada em minha mente fazia sentido, o medo de perder a única mulher que realmente um dia eu quis era enorme. Mas o que fazer agora?!!

Ela está em negociação, não posso simplesmente ignorar essa informação.

Embora, vou seguir da premissa que irei atrás da mulher que amo, a submissa será um bônus da situação atual.

Vou para minha cama com a certeza que Caroline está tão abalada quanto eu, e por esse motivo envio uma mensagem para ela:

"Caroline, minha doce Caroline, agora vai ficar tudo bem!

Agora eu vou te dar o que você tem medo de pedir.

Prepare-se, minha bicudinha."

E assim consigo descansar por algumas horas, até que recebo sua resposta.

"Gael, por favor precisamos conversar".

Ela me chamar pelo nome nunca foi bom sinal. Fico pensando no que responder e simplesmente deixo meus sentimentos me levar para a resposta.

A resposta que só existe quando penso nela. O desejo de ter alguém em tempo integral me consome desde que a conheci, e sabendo que ela busca o mesmo que eu, é impossível não implorar ao céu uma chance.

E assim digito a ela tudo que consigo sentir nesse momento.

"Pequena, você é meu sonho mais doce, minha utopia de vida, alguém que nunca imaginei aceitando minhas necessidades. Fui egoísta, pensei apenas em mim e por isso corro o risco de perder a única mulher com quem fiz amor.

Passei a noite lembrando de nós dois e não me importo em ser egoísta, mas meu bem, você só pode ser minha. Estava escritos em seus olhos que você me pertence. E eu vou fazê-la lembrar disso pelo resto de nossas vidas."

'"Eu amo você, minha menina, eu amo você."

E assim sigo meu dia, o fim de semana passa como um borrão, e não trocamos mais nenhuma mensagem, o que não é de estranhar, conheço Caroline, quando está se sentindo vulnerável ela simplesmente se isola.

Começamos a semana na correria de sempre, meu trabalho consome meus dias, mas não me faz esquecer que Carol ainda não me respondeu.

A semana está passando e o tempo que minha menina precisa para pensar está acabando, sexta-feira vou encontrá-la no trabalho, assim não tem como ela fugir.

Sigo minha rotina, esperando por um "oi" ou "bom dia" mas nada chega.

Meu lado dominador está furioso, seu primeiro bom dia sempre pertenceu a mim, mesmo sem ela saber, eu quis e pedi que seu primeiro contato fosse comigo, e ela não fazer, me deixa louco para marca-la, ainda mais tendo a certeza que ela sabe agora o porquê exigir isso dela.

Ela quer se rebelar, pois bem que comece o adestramento.

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