Capítulo 1: Acampamento Místico

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"As vezes temos que tomar decisões drásticas para que erros graves possam ser prevenidos"

by: Felipe Bridgerton.

-Lara acorda.

Ouvi minha mãe gritar. Eu odiava aquilo, odeio quem grita comigo e quem, principalmente, me acordava aos berros.

- Maria Lara eu não vou te chamar mais.- pulei da cama e sai do quarto desci a escada pisando duro.

-Desse jeito eu e seu pai vamos ter que comprar outro piso para casa, você vai afundar tudo.- ela estava olhando o forno e tirou uma forma com um bolo, o cheiro estava ótimo.

-o que você queria?

- vá se arruma e venha tomar café comigo e com seu pai já são 9:00 horas.

- não acredito que você me fez levantar cedo pra nada- aumentei o tom de voz e senti uma raiva enorme, eu achava que fosse algo importante não bobeira.

-Lara hoje é sábado você ao menos poderia ficar comigo e com seu pai e tomar o café da manhã, eu até fiz seu bolo preferido.

-pois fique sabendo que eu não quero o seu bolo, agora vou voltar a dormi.

Eu já estava subindo a escada quando ouvi meu pai falar.

-Maria Lara Bridgerton, volte já aqui.

Eu conhecia bem meu pai e quando ele falava meu nome inteiro é por que algo muito sério iria acontecer, voltei novamente para a cozinha meu pai estava do lado da minha mãe. Ele estava com a cara fechada.

-Sim senhor Felipe Bridgerton.

Falei com ar de deboche. Minha mãe me olhou com ar de reprovação.

-Já chega. Eu cansei desse seu comportamento Maria. Cansei do jeito que você está tratando eu e a sua mãe.

-Calma Felipe.- minha mãe segurou o braço dele, meu pai estava começando a me assustar.

-calma?! Luísa sua filha está muito desobediente, eu já tomei minha decisão, hoje mesmo ela vaí para o Acampamento. Quem sabe assim ela muda esse jeito dela.

-espera aí, vocês querem me levar pra onde?

- pra um acampamento.- minha mãe disse com a voz rouca

- eu não vou- falei gritando

-você não tem escolha, quem manda nessa casa sou eu.- meu pai falou.

Meus olhos começaram a doer, mas me controlei

-vocês estão me expulsando de casa?

-não filha, isso é para o seu bem. Você tem estado muito rebelde e agressiva esses últimos dias.

-A é? O que eu fiz para parecer agressiva?

-você bateu na sua melhor amiga!- meu pai disse se encostando na pia.

- bati e bateria de novo.

- e qual foi o motivo mesmo? - meu pai perguntou

-ela pegou meu livro sem pedir.

- e só por isso você deu um soco nela?

-ela mereceu!

-FIlha o que aconteceu com você? Cadê aquela garota doce que por onde passava todos paravam para admirar? Você se tornou uma pessoa diferente.- os olhos da minha mãe encheram de lágrimas.

-talvez aquela menina não exista mais mamãe.- depois que falei aquilo subi para o meu quarto e tranquei a porta.

Depois de alguns minutos ouvi uma discussão do meu pai e da minha mãe.

-Luísa se controle.

- Felipe nós não podemos fazer isso com a nossa filha- minha mãe estava com a voz embargada, provavelmente ela estava chorando.

-nós podemos sim e vamos, isso vai ser pro bem dela.

- não, não.- minha começou a chorar muito, eu estava começando a ficar com pena.

De repente tudo ficou em silêncio, até que ouvi umas batidas na porta.

-Lara é a sua mãe. Arrume as suas coisas nós vamos agora pro acampamento.- ela ainda estava com voz de choro, mais o que me deixo com raiva foi o que ela disse. Como ela poderia me levar pra um lugar desconhecido?

-eu não vou.

-vai sim, em meia hora nós vamos sair de casa.

Novamente tudo ficou em silêncio, eu estava morrendo de raiva, fui até o guarda roupa peguei todas minhas roupas e enfiei dentro das minhas malas. Fui ao banheiro e peguei um pote de descoloração e passei em umas mechas do meu cabelo, depois misturei uma tinta roxa e passei no cabelo. Eu sempre quis pintar meu cabelo de roxo mas meus pais nunca deixaram. Peguei todas as tintas que eu comprei e coloquei dentro da mala.

Vesti um vestido preto e um all star botinha, passei muito delineador e lápis. Quando me olhei no espelho estava parecendo uma gótica, com certeza meus pais iriam surtar quando me vissem.

Desci com as minhas malas e meus pais ficaram me olhando, porém não disseram nada.

-que bom que você não demorou muito. Vamos já estamos atrasados.-meu pai falou, ele era sempre tão duro com as palavras.

Nem me importei e fui andando até a garagem, meu colocou as malas no porta malas.

-será que da pra você ir logo?-eu disse enquanto meu pai procura a chave do carro no bolso.

-será que da pra você esperar

-se você não fosse tão lerdo.

-se você fosse obediente nós nem precisaríamos ir.

-será que da pra vocês parem.-minha mãe falou, ela parecia impaciente.

* * * *

Depois de cerca de meia hora no carro nós chegamos a um acampamento no meio do mato, era grande e cheio de árvores por todo lado.

Meus pais saíram do carro e eu fui atrás, minha mãe levava uma mala e eu a outra. Quando avistei a porta da frente do acampamento tinha uma mulher de cabelo curto e óculos na porta. Ela veio em nossa direção.

- olá eu sou a Ruby, sejá bem vinda.

Ele deve tevia estar esperando que eu falasse alguma coisa, mais eu apenas a encarei.

-É um prazer Ruby, eu sou a Luísa e essa é a Maria Lara.

-Que bom, por acaso ela é algum dos casos perdidos do acampamento? - ela abriu um sorriso, dava pra ver que ela estava sendo irônica meus pais se olharam.-estou brincando, agora se não se importam temos que ir, já estamos quase na hora do almoço.

-tchau Lara, se comporte.-meu pai falou me olhando.

Minha mãe me deu um abraço apertado.

-filha nós vamos te buscar logo.

-mãe não me deixe aqui, me leve com você.- falei baixo apenas para ela ouvir,ainda abraçando ela

-desculpe filha, mais o Acampamento Star sera bem acolhedor.

Me soltei dela e fui andando um direção a porta, eu não estava acreditando que ela estava fazendo aquilo comido, como ela iria me deixar sozinha naquele lugar?

Sem dar muita importância vi que havia uma facha na frente do acampamento dizendo " Acampamento Místico".

Minha mãe gritava de longe para mim ir fala com ela mais não fui, embora aquela fosse minha maior vontade.

Entrei correndo para dentro do Acampamento e aí sim pude deixar rola todas as lágrimas que estavam presa desde o começo do dia.

Apenas uma Glass AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora