capítulo 27

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Gente aviso aqui, esse capítulo pode conter gatilho, principalmente por quem ja tentou suicídio.

Se você ja tentou quero que saiba que a sua vida é preciosa, e que você é especial, não nascemos em vão, todos temos um propósito.

Escutem a música acima enquanto lêem.
Kodaline - All I Want
Vejam a tradução também.

Já distribuo coletes de segurança, porque esse capítulo foi só tiro.

Lia on:

Dias, Semanas, Meses... Se passaram.
Estamos nessa guerra ja faz Um Ano e alguns meses.

Aprendemos a lidar com tudo isso, a sophi aprendeu defesa pessoal e a atirar.

Infelizmente a guerra ainda não acabou, saimos em buscá de outros sobreviventes, e não encontramos, não perto de onde ficamos.

Conseguimos mais mantimentos, em uma das saídas nos deparamos com um sobrevivente, ele não queria ajuda e quase nós matou.

As coisas estão se complicando cada vez mais, o som dos bombardeios, os gritos... Nunca saíram de minha cabeça, a culpa por saber e não ter avisado.

A verdade é que aos poucos estamos enlouquecendo, ja não temos tantas esperanças de que conseguiremos sair dessa.

Tentamos nos apoiar uns nos outros, tentando sobreviver a cada dia, nossa saúde mental, não deve ser das melhores.

[···]

Hoje vamos sair nois cinco, a sophi sempre sai com a gente, apesar de eu não concordar muito com isso, é melhor do que a deixar sozinha por horas.

Quando saímos, sempre vemos a destruição a nossa volta.

Andamos, tomamos cuidado, e continuamos.

Pegamos o que achamos útil e tomamos mais cuidado, na Rua é possível ver uma boa quantidade de corpos no chão, a cena é bem macabra e assustadora.

Mas, ja ta virando uma cena bem vista do nosso cotidiano.

[···]

Passamos por alguns lugares, os que não estavam tão decadentes, tão destruídos.

Andamos muito dessa vez, precisávamos ver algum outro sobrevivente que não tenha enlouquecido, precisávamos achar uma forma de nós comunicar com alguem fora dessa loucura.

Precisavamos encontrar alguém...
Eu preciso!

Tentar me manter totalmente sã, é o que esta me destruindo.

Tentar levantar todos os dias com um pouco de esperança que me resta, é desgastante.

As vezes eu penso, se já não é a minha hora.
A hora que eu irei encontrar a minha paz.

Mas como poderia encontrar a minha paz, cedo que tenho pessoas importantes aqui.

Passando pelo que passo, uma criança ta com a gente, minha irmã ta aqui.

E a culpa é minha!

Eu nunca a deveria ter trazido para cá, ela estaria bem na Itália, estaria segura.

Olho a minha volta, olho para cada um, estamos quase mortos.

Por dentro, por que por fora estamos lutando e passando uma imagem de que somos fortes, e todos aqui estamos assim.

Nos agarramos ao último fio de esperança, nos agarramos na esperança de que salvaremos pelo menos a sophi.

Continuamos a andar... Só precisamos continuar, até quando eu não sei, não faço ideia.

A psicopata e a MaloqueiraOnde histórias criam vida. Descubra agora