Lia on:
Passamos dois longos e bons dias com aquele grupo de resgate, finalmente chegou o dia em que sairemos daqui.
Quando eu era criança o meu sonho era conhecer New York, pra mim esse sonho virou pesadelo.
Me despeço dos soldados, com um grande aperto no coração, desejando internamente que eles fiquem bem e voltem para suas famílias.
Meus amigos e eu e mais algumas pessoas fomos resgatados, entrei em um dos cinco helicópteros, junto de meus amigo, me aconcheguei no abraço do Josh, enquanto abraçava minha irmãzinha.
Olhei para a janela e vi um pouco da destruição que havia logo abaixo de nós, fechei os olhos e desejei que aquilo tudo fosse real, de que realmente estamos saindo da cidade que acompanhará meus sonhos os tornando Pesadelos.
Olho pra Naty junta do Jin, e pelo menos algumas coisas boas essa guerra nós trouxe.
Nossos corações estão em terra firme, nossas cicatrizes nós lembram o que passamos e nossas mentes jamais esquecerão o que passamos, o que fizemos para sobreviver a essa Guerra.
Fecho meus olhos e sorrio, porque depois de tudo sair de New York é um grande alivio.
Não sei o que nós aguarda, nem o que esperar de nós, vamos tentar ser como antes... Mas a verdade é que nada, nem ninguém será como antes.
Pouco tempo depois o helicóptero pousa, descemos e eles nós levam pra uma casa de refugiados, onde vemos muitas pessoas com marcas de guerra, vejo bebês, crianças, jovens, adultos e idosos. Que sobreviveram a essa guerra.
Lágrimas descem sobre meu rosto, sinto alguém me puxar e me levar ate um local onde tem atendimento médico, eles nós fazem perguntas, eles anotam nossos nomes e idades nós registros deles.
Uma médica começa a me perguntar sobre alguns arranhões, cicatrizes, e machucados ganhados a pouco tempo, falo pouco sendo muito vaga.
Seguimos para uma sala, onde fazemos exames. E como o local de refugiados esta ficando cheio, e só fica quem precisa de cuidados, está esperando por algum familiar ou não tem com ninguém.
Algumas casas foram liberadas, ficamos em uma. Ficaremos aqui até conseguirmos recomeçar do zero.
Será difícil, não impossível!
ALGUNS SEMANAS DEPOIS:
Poucos dias se passaram, mas foram dias o suficiente pra termos uma rotina. O governo está nós pagando uma indenização, não só pra nós, mas para todo as pessoas que sobreviveram a essa guerra.
A minha rotina é: Levar a Sophi pra escola, Ir trabalhar em uma lanchonete, Ir pra faculdade de direito, Ir pra casa e ajudar a fazer o jantar.
Não é grande coisa, mas é só por um tempo.
Descobrimos muito sobre a guerra, o motivo dela ter acontecido, foi algo bobo, em minha humilde opinião. Poderia ter sido evitada, pessoas poderiam estar vivas.
Mais de Dez Mil (10.000) pessoas foram mortas durante essa guerra, eu falo dez mil, porque ainda não terminaram de encontrar todos os corpos.
Uma briguinha pessoal entres presidentes acabou destruindo milhares de famílias, os presidentes saíram do comando, elegeram outras pessoas. Nas primeiras semanas eu não queria tocar no assunto guerra, mas foi preciso. Tivermos que ir aos Psicólogos, e continuamos indo semanalmente.
Pouco a pouco nossas vidas estão entrando nós eixos
{···}
Acordei faz alguns minutos, sinto um peso sobre a minha cintura, me viro pra pessoa ao meu lado e dou um sorriso, ao ver o rosto sereno do josh.
Fico o admirando por alguns instantes, perdidamente em meus pensamentos.
Jonh: Está me olhando?! - fala ainda com os olhos fechados, me tirando de meus pensamentos.
Eu: gosto de admirar o meu namorado, não pôde? - pergunto dando um sorrisinho bobo.
Olhando pra antigamente, eu digo que eu cresci bastante. Amadureci, olhando pro meu eu do passado, eu só vejo uma adolescente que terminou a escola, perdeu a mãe e a guarda da irmã, me mudar pra New York não foi tão ruim, encontrei pessoas maravilhosas, que quero e vou levar pra minha vida toda.
John: vou lá, acordar a baixinha pra ira pra escola.
Eu: não irrita ela, você sabe que ela não gosta de ir pra escola - ele dá um sorriso maroto, e sai do quarto.
Vou pro banheiro faço as minhas higiene matinal, tomo um banho e me enrolo na toalha.
Me seco e visto a minha calcinha e o meu sutiã, fico em frente ao espelho, vejo algumas cicatrizes pelo meu corpo, eu não as odeio, só odeio o motivo por trás delas.
O fato de que sempre que eu olhar pra elas vou lembrar de cada momento, nos mínimos detalhes, de como as ganhei.
Limpo uma lágrima que nem tinha percebido, rolar pelo o meu rosto.
Pego uma roupa formal, hoje vou pegar a minha parte da herança que eu tenho, que sobrou da minha família.
Arrumo a cama, pego a minha bolsa com os meu documentos e o meu celular.
Saio do quarto e passo na frente dos outros dois quarto, vendo que não tem ninguem lá. Escuto risadas na cozinha, deço as escadas e vou direto pra lá, me encosto no batente e olho aquela cena, gravo cada mínimo detalhe daquela cena.
Minha irmãzinha sentada no balcão da mesa, o jin sentado ao lado da Naty rindo de algo, o josh virado pro fogão, fazendo algo que cheira muito bem.
Eles rindo, fazia um bom tempo que não tínhamos um momento de risadas, sem pensar nos problemas.
A risada contagiante de minha irmã, se espalha por todo o ambiente, ri, uma riasada sincera que chamou a atenção de meus amigos.
Me juntei a eles nessa manhã, e aproveitamos, conversamos.
E vi que o que eu mais queria no mundo estava resumida naquelas quatro pessoas, resumida na minha família, que o mundo me deu.
Pouco depois me juntei a Sophi, na sala, assistimos a alguns desenhos, josh deu um beijo na testa da Sophi, e me beijo antes de ir para o trabalho. Logo em seguida o jin se despediu da Naty com um beijo, deu um beijo em minha bochecha, e um beijo na tezta de minha irmã, saindo logo em seguida.
Ficou apenas nós meninas, na sala, rindo de um desenho e aproveitando o máximo a presença uma da outra.
A verdade é que depois da guerra, começamos a aproveitar cada momento como se fosse o último, apreciamos cada detalhe dos nossos dias e tentamos viver em harmonia.
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Espero que vocês tenham gostado maloqueirinhas!Capítulo feito por mim
Bjos psicopatinhas e maloqueirinhas♥️
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A psicopata e a Maloqueira
Teen FictionPs: não é romance lésbico. Lianny Lins, uma garota maloqueira, arrogante quando quer, na maioria das vezes doces. Ela não conhecia a dor, até dois anos atrás, quando descobriu que sua mãe faleceu. Sem saber como passar pela fase de luto, ela antes u...