Capítulo 9

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- Talvez você esteja certo quando afirmou ser mestre dos sanduíches. - Digo lambendo os dedos.

- Eu disse, mas não acreditou em mim. - Jake dá de ombros.

- É que você foi tão humilde, que com toda certeza seria óbvio que eu iria desconfiar. - Encosto na cadeira relaxadamente.

Jake olha para o relógio sobre seu pulso e se levanta em seguida.

- Já está tarde, vamos dormir.

- Vamos.

Também me levanto e volto a cadeira para o lugar, e então saímos da cozinha lado a lado.

Assim que subimos as escadarias, Jake para em frente à porta do seu quarto, e para provocá-lo fico atrás dele.

- O que está fazendo Maya? - Ele pergunta se virando para mim.

- Você me chamou para dormir. - Me finjo de desentendida.

- Sim, mas cada um em seu quarto Maya. - Ele revira os olhos.

- Você não deixou isso claro, então acabei pensando demais. - Sorrio abertamente. - Sou meio lerda.

- Boa noite Maya.

Jake abre à porta do seu quarto, mas antes que ele o adentre pergunto:

- Não vai me dar nem um beijinho de boa noite?

- Pare de me provocar Maya.

- Eu não estou. - Finjo inocência.

Me aproximo dele, e faço um biquinho só para ver sua reação, mas tudo o que recebo é um peteleco na testa, e então ele fecha à porta.

- Você é um garoto perverso! - Grito.

Entro no meu quarto rindo da minha própria idiotice. Eu percebi que Jake não parece totalmente imune a mim, e isso só faz eu me sentir ainda mais confiante para conquistá-lo.

Coloco meu pijama e logo em seguida caminho em direção ao banheiro para escovar meus dentes, e é quando percebo que começou a chover novamente.

Assim que volto para o quarto caminho até a janela para fechar as cortinas, mas de repente sou surpreendida com um clarão, o que faz todo meu corpo gelar no mesmo instante.

Corro em direção a cama, e logo em seguida entro debaixo do cobertor e tapo meus ouvidos enquanto fecho os olhos.

A cada trovão que escuto me sinto ainda mais nervosa, e sinto que a qualquer momento posso acabar desmaiando.

Tiro o cobertor do rosto e olho em volta, e então percebo que esqueci de fechar as cortinas quando corri em direção a cama.

Outro trovão estrondoso seguido de um relâmpago clareia todo o quarto, e ao mesmo tempo tenho a sensação de que tremeu a casa.

Empurro o cobertor com os pés, me levanto da cama o mais depressa possível e corro em direção à porta do quarto.

Assim que saio do meu quarto, abro à porta do quarto do Jake e o adentro. Por sorte ele não a trancou, caso contrário teria me encontrado morta de manhã.

Fico o observando por um tempo, enquanto crio coragem para chamá-lo, mas assim que escuto outro trovão pulo em sua cama sem pensar duas vezes.

- Maya? - Ele pergunta confuso. - O que está fazendo aqui?

- Estou com medo. - Assumo com a voz trêmula.

Jake se senta na cama, e me observa meio desconfiado.

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